Shopping Cidade dos Lagos apresenta exposição de vinil, circo e carnaval

Chega em Guarapuava pela primeira vez, um festival itinerante de vinil, vitrola e games, do Guina Vinil. Reunindo mais de 1500 títulos, a exposição irá surpreender os amantes do vinil com muitas obras raras, como o primeiro Loung Play do “Rei” Roberto Carlos, lançado em 1961. Alguns autografados, como um dos The Beatles por Paul MacCartney, Demônios da Garoa, Jair Rodrigues, Alcione, Capital Inicial e até dos imortais Tião Carreiro e Pardinho.

Para quem quer lembrar dos games, estará em exposição o primeiro “console” do Brasil, um Telejogo da Philco – Ford, lançado de 1977, que tinha apenas três opções de jogo: futebol, tênis e paredão.

O Festival de Vinil, Vitrola & Games, que iniciou nessa terça-feira (18), vai até o próximo domingo (23), no horário de funcionamento do Shopping.

Continuando com grande sucesso em Guarapuava o Circo Rhoney Espetacular que está instalado em frente ao Shopping Cidade dos Lagos, prossegue com seus espetáculos em mais uma semana de quarta à domingo.

Neste sábado (22), teremos uma apresentação gratuita do Circo Rhoney, na praça de alimentação do Shopping, a partir das 14h, como várias atrações, como: a palhaça Pipinoviski, malabaristas, equilibristas, bailarina, show de mágicas e também o palhaço Mortadela.

Outra grande atração no Shopping Cidade dos Lagos, será o carnaval, que já iniciou no último domingo (16) com um bailinho Pet e prossegue neste fim de semana, com mais três atrações. Neste sábado (22), teremos Oficina de Máscaras e bailinho infantil. Na segunda-feira (22), o Baile da Melhor Idade e na terça de carnaval, Pintura Facial e mais um Bailinho Infantil. Evento gratuito e a aberto ao público, todos os dias das 15h às 19h.

Deixe um comentário

Itaipu faz pesquisa inédita para produção de dourados em tanque-rede

Primeira carga de seis mil peixes foi entregue na terça-feira. Objetivo é proporcionar mais uma opção de renda a pescadores e piscicultores da região

A Itaipu Binacional iniciou uma pesquisa inédita para a produção do peixe da espécie dourado (Salminus brasiliensis) em tanques-rede. A primeira carga com seis mil peixes jovens, com seis meses de idade, chegou na manhã dessa terça-feira (14) à Unidade Demonstrativa e Experimental de Aquicultura em Sistema Bioflocos.

O objetivo da pesquisa é desenvolver a cadeia produtiva dessa espécie e fornecer mais uma opção de renda às comunidades que dependem da pesca ou da aquicultura do reservatório para produção de alimento e faturamento.

Segundo o engenheiro agrônomo André Watanabe, da Divisão de Reservatório, a pesquisa pretende valorizar comercialmente a espécie cuja pesca é proibida no Paraná. “Quando alguém compra um peixe da pesca está extraindo um recurso limitado, havendo risco de extinção. Com a aquicultura, a gente consegue fornecer esse peixe para consumo humano sem impactar o estoque natural”, afirmou Watanabe.

Atualmente, não há produção de dourado em sistemas de tanques-rede no Paraná. Os filhotes que chegaram à Itaipu viajaram 12 horas de caminhão desde Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Quando chegaram, a primeira medida foi aclimatar a água, igualando a temperatura das caixas de transporte e do tanque onde eles passaram a ficar.

Depois disso, são mais dois meses para os peixes se recuperarem e ganharem peso antes de serem levados aos tanques-rede do reservatório. Os peixes jovens tinham em média 62 gramas quando chegaram à Unidade de Bioflocos; a previsão é que, em um ano, eles passem de um quilo e estejam prontos para serem comercializados. O dourado possui grande valor comercial, possibilitando o atendimento de nichos de mercado com produtos de alto valor agregado.

Watanabe explicou que a Itaipu estuda a construção de tanques-rede maiores, de 500 metros cúbicos – atualmente, são dois modelos de 7 m³ e de 24 m³ – especialmente para a produção do dourado que, por ser uma espécie carnívora e dominante, necessita de mais espaço para se adaptar. “É um peixe que também exige mais cuidado no manejo”, disse ele, mostrando os dedos com algumas marcas de mordida.

Sistema de bioflocos

Na cadeia produtiva do peixe, a fase que vai da larva até o peixe juvenil é a com maior índice de mortalidade, por isso são necessários vários cuidados para que o alevino sobreviva até a fase adulta. Isso acontece em um ambiente fechado e controlado, que utiliza o mínimo possível de água e não polui o meio ambiente: o sistema de bioflocos.

Os bioflocos são aglomerados de bactérias que consomem a amônia produzidas pelos peixes. Como subproduto, é gerado o nitrato que, em um segundo momento, é consumido por plantas aquáticas, em um outro tanque. Assim, a mesma água é reutilizada várias vezes.

A título de comparação, para cada quilo de peixe produzido no sistema de bioflocos, são consumidos em média 500 litros de água. Em um sistema convencional, são utilizados de 18 a 30 mil litros de água que, se não for tratada, contamina rios e lagos.

“O objetivo da Itaipu é estudar formas mais sustentáveis para produzir peixes, que não contaminem o nosso reservatório”, explica o técnico em aquicultura Celso Carlos Buglione, da Divisão de Reservatório da Itaipu, responsável pelas pesquisas sobre os bioflocos feitas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O Paraná é o maior produtor de peixes do País, com cerca de 200 mil toneladas de pescado por ano e mais de 70% dessa produção está na bacia onde o reservatório da Itaipu está localizado. As pesquisas buscam criar protocolos de alimentação, controle da qualidade da água, além da validação de custos e viabilidade econômica da produção de peixes nesse sistema.