Samu orienta população sobre engasgamento

A iniciativa pretende nortear as pessoas sobre o tema, pois em Guarapuava há um alto índice de ligações para salvamento de pessoas engasgadas

 

Engasgar com alimentos ou líquidos é mais corriqueiro do que se imagina. Atualmente, no Samu de Guarapuava, há um índice alto de ligações para salvamento de pessoas engasgadas. Por este motivo o Núcleo de Educação Permanente do Samu desenvolve uma ação de conscientização e orientação sobre o tema. Quanto maior o número de pessoas que sabem como agir, mais vidas podem ser salvas. E o tempo é determinante em casos como este, disse Franco Bittencourt, coordenador do Núcleo de Guarapuava.

A primeira ação foi realizada na última quinta-feira (22), no Terminal da Fonte. Explicações de como agir e o que fazer em caso de engasgamento foram repassadas para todas as pessoas que passaram pelo local. Uma delas foi a dona Rita Kowalksi, que escutou atentamente as informações. Eu até já conhecia alguma coisa sobre engasgamento e tento não me apavorar quando acontece com alguém perto de mim, lembro sempre que tem que bater nas costas. Tenho uma neta pequena em casa e aprender como ajudar a criança deixa a  gente mais calma ainda.

Na próxima semana a equipe do Núcleo irá visitar o comércio guarapuavano e as praças de alimentação, com o objetivo de atingir mais pessoas ainda. O salvamento de engasgamento pode ser feito por leigos e ajudado pelo Samu via telefone, até que a ambulância chegue para prestar socorro. Esta é uma forma de ajudarmos a população saber o que fazer caso alguém engasgue próximo a ela, completou Franco.

 

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Em 2025, Paraná já teve 2.553 casos de violência contra a mulher; ano passado foram 20.592 casos

Denunciar e trazer discussões sobre o tema contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema, diz especialista

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o estado do Paraná já registrou em 2025 o total de 2.553 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

O levantamento aponta que, desse número, apenas 362 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Na capital Curitiba, foram 574 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Em todo o ano passado, o estado paranaense contabilizou 20.592 casos de violações contra a mulher e 3.103 denúncias, sendo 5.054 casos só na capital paranaense.

A coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera de Arapongas, Ma. Juliana Aprygio Bertoncelo, ressalta que a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, a mestra em Direito dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.