Projetos da Unicentro ajudam quem quer entrar na universidade

Projetos da Unicentro ajudam quem quer entrar na universidade. A preparação para as provas do vestibular é ofertada gratuitamente pela instituição há 13 anos. “O objetivo do projeto”, explicou a coordenadora administrativa do projeto de extensão, Mônica Cristina Nunes, “é oferecer uma formação complementar para os alunos do Ensino Médio para que eles ingressarem no Ensino Superior”. Desde 2009, quando foi criado, o cursinho oferece, anualmente, 80 vagas destinadas, exclusivamente, para alunos de escolas públicas ou que concluíram o Ensino Médio de forma integral na rede estadual.

A cada vestibular, são comemoradas muitas conquistas de vagas na universidade. “O índice de aprovação dos nossos alunos tem surpreendido muito. Nos últimos anos, nós tivemos aprovação que chegou a 90%, não só no vestibular da Unicentro, mas em outras instituições, tanto da cidade quanto de fora. Então, isso para nós é um orgulho. É saber que estamos no caminho certo, que podemos contribuir com a formação desses alunos”.

Maria Cristina Neves dos Santos concluiu o Ensino Médio em 2020. Desde então, estava sem estudar. Nesse ano, decidiu que quer tentar uma vaga no curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). “É uma faculdade pública, né? É a única forma de eu estar fazendo um curso superior”, conta. Ela sabe que para alcançar esse objetivo, precisa rever o conteúdo aprendido nos tempos de colégio. Então, buscando se preparar para o processo seletivo, que vai ser realizado no dia seis de novembro, Maria Cristina está frequentando, desde o início do mês de julho, o cursinho pré-vestibular da Unicentro.

Unicentro oferece 80 vagas, por ano, em cursinho preparatório para o Vestibular (Foto: Coorc)

Outro projeto que busca colaborar no processo de aprovação dos estudantes no vestibular da Unicentro é coordenado pelo professor Ari José de Souza, do Departamento de Letras. Há mais de dez anos, primeiro presencialmente e depois por webconferência, o docente tira dúvidas e dá dicas sobre a redação para os estudantes do terceirão. “Comento com eles o funcionamento das correções de redações do vestibular, dando pistas, orientando. Por exemplo: o que que a gente cobra; o que que a gente vê; como é corrigido”, elucidou sobre o funcionamento da ação.

Segundo o professor, a atividade tem dado bons resultados e a maior evidência para essa avaliação é a média das notas da prova de redação que, desde o início do projeto, vem, aumentando. “São dicas fáceis que, às vezes, o aluno não tem essa noção, como espaçamento irregular, ausência do título, fuga do tema, número de linhas”.

Dicas para uma boa redação também fazem parte dos projetos ofertados pela Unicentro (Foto: Coorc)

Se a nota da redação é motivo de receio para muitos vestibulandos, outra prova que também coloca medo é a de literatura. Afinal, cada processo seletivo exige obras e autores diferentes. Para ajudar os alunos na compreensão dos textos exigidos, a professora Níncia Teixeira, também do Departamento de Letras, desenvolveu uma outra ação extensionista: o Trollendo. “O projeto é uma importante ferramenta de acesso à informação e, principalmente, à literatura. Muitos alunos que já estão cursando a universidade, sempre que encontram comigo pelos corredores, falam: ‘olha a professora do canal Trollendo! Porque eles conseguiram fazer boas provas de literatura, assistindo as análises que nós temos lá no canal”.

O Trollendo é uma canal no YouTube. Os vídeos – que são gravados pela professora Níncia com a ajuda de estudantes do curso de Publicidade e Propaganda – tem como proposta analisar, em profundidade, as obras literárias exigidas na prova do vestibular da Unicentro e em outros processos seletivos. “Nós trazemos informações sobre as obras literárias, mostrando o enredo e como entender aquela obra, fugindo um pouco do superficialismo de alguns canais que tratam sobre a literatura”, discorre.

Se a Maria Cristina for aprovada no vestibular, como aluna do curso de Publicidade e Propaganda ela vai poder, se tiver interesse, atuar no projeto da professora Níncia, ajudando outros estudantes a conquistarem uma vaga na Unicentro. É isso que fazem também os professores do pré-vestibular ofertado pela universidade (e que a Maria Cristina frequenta). Alguns deles são estudantes da instituição, que atuam como bolsistas ou voluntários. Um exemplo é a acadêmica Clara Pereira, do quarto ano de Letras Português, que desde agosto atua no cursinho. “Está sendo uma experiência bem rica. Estou aprendendo muito, porque professor também é um aprendiz em sala de aula e isso ajuda muito na formação. É muito legal essa experiência, porque o cursinho tem uma importância gigantesca”, finaliza.

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