Projeto Guarapuava Educadora realiza palestras sobre protagonismo juvenil

Foto: André Justus / Mídia e Memória Sem Fronteiras

O evento aconteceu na Unicentro e reuniu aproximadamente 200 jovens de seis escolas públicas

No final do mês de Julho, o projeto Guarapuava Educadora reuniu aproximadamente 200 jovens de seis escolas públicas da região Centro do Paraná – Colégios Estaduais Professora Dulce Maschio, Antônio Tupy Pinheiro, Cristo Rei, Padre Chagas, Maria de Jesus Pacheco Guimarães e do Campo da Palmeirinha.

O evento, ministrado pelo professor Nécio Turra Neto, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), aconteceu na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em Guarapuava, e trouxe como discussão a juventude educando-se na/com a cidade.  O aluno do segundo ano do Ensino Médio Alex Eduardo Santos conta da importância de debates como esse, pois auxiliam muitos estudantes no âmbito escolar. A cada ano, os alunos se envolvem mais através da Educação e com isso buscam melhorias para cada um, comenta.

Essa atividade é parte de ações previstas no Projeto Guarapuava Educadora, com coordenação de professora Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes, financiado pelo programa Universidade Sem Fronteiras (USF), com recursos obtidos por meio de edital da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, a Seti/PR.

Durante a conversa, pequenos documentários com jovens protagonistas foram exibidos para ilustrar exemplos de machismo, homofobia e desigualdades sociais. Cintia, Caroline e Kauane são alunas da Escola de Campo da Palmeirinha e contam que já passaram por muitas situações no seu cotidiano; por isso esse momento foi importante para aprender e discutir essas temáticas. A gente aprendeu que, quando sofre um tipo de assédio, seja na escola ou na rua, a gente não tem que ficar calada, tem que contar para um adulto ou falar com a família, explica Carolina, que entende que não ficar calada é uma forma de incentivar outras pessoas a terem essa iniciativa também.  A gente está tendo a oportunidade de mostrar o que a gente quer fazer, as nossas próprias escolhas. Não é todo mundo igual, existem diferenças. A gente aprende com isso a aceitar todo mundo do jeito que é, completa Cintia.

Para o aluno Alex, destacado no início do texto, oportunidades como essa funcionam como o Mito da Caverna e trazem aprendizado para todos. Antigamente, os homens pensavam que estavam na escuridão mas, quando viram a luz, libertaram-se das correntes e foram até ela. O diálogo que tivemos aqui foi como a luz para muitas pessoas, mostrou que não estamos sozinhos.

A vez dos professores

 O debate não ficou apenas aos alunos do Ensino Médio. No período da noite, os professores das seis escolas participantes foram convidados a discutir o tema a partir da perspectiva do papel do educador. A conversa, igualmente liderada por Nécio Turra Neto, reforçou a função dos docentes, que é escutar o que a juventude tem a dizer. É preciso repensar a escola, repensar as práticas e as matérias a partir da escuta. O diálogo se inicia agora, o professor participa disso com os estudantes, mas não como protagonista, como como alguém que tem o poder de reorganizar o espaço educativo.

 

Deixe um comentário

Unicentro: Mestrado em História está com inscrições abertas para turma de 2025

Prazo para inscrição vai até o dia 25 de maio e ela pode ser feita pela página de eventos da universidade

O Programa de Pós-Graduação em História da Unicentro (PPGH) está com o processo de seleção aberto para o ingresso de alunos regulares no curso de Mestrado. As inscrições vão até o dia 25 de maio e são feitas pela página de eventos da universidade.

O programa tem como área de concentração “História e Regiões” e tem duas linhas de pesquisa – “Espaços Simbólicos, Saberes e Corporeidades” e “Espaços de Práticas e Relações de Poder”.

Para o ano letivo de 2025, são ofertadas 20 vagas. Desse total, até seis vagas serão ocupadas pelo sistema de cotas – quatro para pessoas negras (pretas ou pardas); duas para pessoas indígenas; uma para pessoa Trans; e uma para pessoa portadora de deficiência.

O processo seletivo é feito em três etapas: a primeira é a análise e avaliação do projeto de pesquisa, de caráter eliminatório. A segunda é prova escrita, também de caráter eliminatório. Já a última é a entrevista com o candidato.

Para se inscrever, o candidato deve anexar o Currículo Lattes atualizado e o projeto de pesquisa. A taxa de inscrição é de R$ 50, e o início das aulas está previsto para 4 de agosto.

Todas as informações sobre o processo seletivo estão disponíveis no edital, no site do Programa de Pós-Graduação em História da Unicentro.