Projeto da Procuradoria da Mulher é selecionado para o Prêmio Innovare

Estou muito feliz e orgulhosa em poder compartilhar com vocês um reconhecimento que acabo de receber através do t

Trabalho, desenvolvido na Procuradoria da Mulher da Alep, chamado Protocolo Unificado de Atenção à Mulher, lançado no início desse ano, foi selecionado entre mais de 640 projetos para concorrer na 17ª edição do Prêmio Innovare, uma das maiores e mais prestigiadas iniciativas nacionais para o reconhecimento de boas práticas que contribuem com o aprimoramento da justiça no país.

Segundo a procuradora da Mulher, deputada Cristina Silvestri, o protocolo foi um dos selecionados pelo seu papel inovador. A procuradora ressalta que este é o primeiro documento do Brasil que se propõe a padronizar a criação de Procuradorias da Mulher nos municípios, além de servir como um instrumento normativo para alinhamento do trabalho legislativo em todo o Estado na luta pelos direitos femininos.

“Foram muitas reuniões, pesquisas e parcerias para podermos lançar este projeto em março desse ano, o mês da mulher, para vereadoras e procuradoras municipais. Na oportunidade, contei com o apoio da bancada feminina da Alep e também da mesa diretora (presidente Ademar Traiano, 1º secretário Romanelli e 2º secretário Gilson de Souza), a quem sou grata. Não posso deixar de lembrar do esforço, também, da minha equipe, para que esse protocolo fosse lançado da melhor forma possível”, comemorou a parlamentar.

Agora o Innovare entra na fase de entrevistas, que este ano serão online por conta da pandemia. Conto com a torcida de vocês!

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Itaipu faz pesquisa inédita para produção de dourados em tanque-rede

Primeira carga de seis mil peixes foi entregue na terça-feira. Objetivo é proporcionar mais uma opção de renda a pescadores e piscicultores da região

A Itaipu Binacional iniciou uma pesquisa inédita para a produção do peixe da espécie dourado (Salminus brasiliensis) em tanques-rede. A primeira carga com seis mil peixes jovens, com seis meses de idade, chegou na manhã dessa terça-feira (14) à Unidade Demonstrativa e Experimental de Aquicultura em Sistema Bioflocos.

O objetivo da pesquisa é desenvolver a cadeia produtiva dessa espécie e fornecer mais uma opção de renda às comunidades que dependem da pesca ou da aquicultura do reservatório para produção de alimento e faturamento.

Segundo o engenheiro agrônomo André Watanabe, da Divisão de Reservatório, a pesquisa pretende valorizar comercialmente a espécie cuja pesca é proibida no Paraná. “Quando alguém compra um peixe da pesca está extraindo um recurso limitado, havendo risco de extinção. Com a aquicultura, a gente consegue fornecer esse peixe para consumo humano sem impactar o estoque natural”, afirmou Watanabe.

Atualmente, não há produção de dourado em sistemas de tanques-rede no Paraná. Os filhotes que chegaram à Itaipu viajaram 12 horas de caminhão desde Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Quando chegaram, a primeira medida foi aclimatar a água, igualando a temperatura das caixas de transporte e do tanque onde eles passaram a ficar.

Depois disso, são mais dois meses para os peixes se recuperarem e ganharem peso antes de serem levados aos tanques-rede do reservatório. Os peixes jovens tinham em média 62 gramas quando chegaram à Unidade de Bioflocos; a previsão é que, em um ano, eles passem de um quilo e estejam prontos para serem comercializados. O dourado possui grande valor comercial, possibilitando o atendimento de nichos de mercado com produtos de alto valor agregado.

Watanabe explicou que a Itaipu estuda a construção de tanques-rede maiores, de 500 metros cúbicos – atualmente, são dois modelos de 7 m³ e de 24 m³ – especialmente para a produção do dourado que, por ser uma espécie carnívora e dominante, necessita de mais espaço para se adaptar. “É um peixe que também exige mais cuidado no manejo”, disse ele, mostrando os dedos com algumas marcas de mordida.

Sistema de bioflocos

Na cadeia produtiva do peixe, a fase que vai da larva até o peixe juvenil é a com maior índice de mortalidade, por isso são necessários vários cuidados para que o alevino sobreviva até a fase adulta. Isso acontece em um ambiente fechado e controlado, que utiliza o mínimo possível de água e não polui o meio ambiente: o sistema de bioflocos.

Os bioflocos são aglomerados de bactérias que consomem a amônia produzidas pelos peixes. Como subproduto, é gerado o nitrato que, em um segundo momento, é consumido por plantas aquáticas, em um outro tanque. Assim, a mesma água é reutilizada várias vezes.

A título de comparação, para cada quilo de peixe produzido no sistema de bioflocos, são consumidos em média 500 litros de água. Em um sistema convencional, são utilizados de 18 a 30 mil litros de água que, se não for tratada, contamina rios e lagos.

“O objetivo da Itaipu é estudar formas mais sustentáveis para produzir peixes, que não contaminem o nosso reservatório”, explica o técnico em aquicultura Celso Carlos Buglione, da Divisão de Reservatório da Itaipu, responsável pelas pesquisas sobre os bioflocos feitas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O Paraná é o maior produtor de peixes do País, com cerca de 200 mil toneladas de pescado por ano e mais de 70% dessa produção está na bacia onde o reservatório da Itaipu está localizado. As pesquisas buscam criar protocolos de alimentação, controle da qualidade da água, além da validação de custos e viabilidade econômica da produção de peixes nesse sistema.