Professores da Unicentro se destacam entre os cientistas mais influentes do mundo
Najeh Maissar Khalil, Edivaldo Lopes Thomaz e Rubiana Mara Mainardes são reconhecidos por suas contribuições em suas áreas de pesquisa
Três docentes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) conquistaram uma posição de destaque no cenário internacional, figurando entre os TOP 2% dos cientistas mais influentes do mundo, de acordo com a lista da Universidade de Stanford em parceria com a Editora Elsevier. Os professores Najeh Maissar Khalil, Edivaldo Lopes Thomaz e Rubiana Mara Mainardes são reconhecidos por suas contribuições significativas em suas áreas de pesquisa, refletindo a qualidade e o impacto de suas publicações científicas.
A Universidade de Stanford, em colaboração com a Editora Elsevier, publica anualmente um ranking que lista os cientistas mais citados (Top 2%) em diversas áreas da ciência. No total, 100 mil cientistas são classificados em 22 áreas científicas e 174 subáreas.
A professora Rubiana Mara Mainardes, do Departamento de Farmácia da Unicentro, alcançou reconhecimento internacional ao se destacar em rankings de impacto científico na área de nanotecnologia farmacêutica, também conhecida como nanomedicina. Especialista no desenvolvimento de nanoestruturas para a liberação controlada de fármacos no organismo, Rubiana avalia a eficácia e segurança dessas nanoestruturas, buscando aplicações em diversas patologias, como câncer, diabetes e doenças neurodegenerativas.
O professor Najeh Maissar Khalil, também do Departamento de Farmácia, é destaque internacional em rankings de impacto científico devido às suas contribuições na área de nanotecnologia farmacêutica. Para Najeh, o reconhecimento é um retorno importante para a carreira de um pesquisador, uma vez que se trata de um ranking internacional amplamente respeitado.
“É um bom retorno para o pesquisador, pois é um ranking internacional, que o mundo inteiro usa como parâmetro para entender como está a produção e a qualidade científica que o pesquisador desenvolve”, afirmou. Para Najeh, esse reconhecimento é um indicativo de que o caminho trilhado ao longo de sua carreira está dando frutos em termos de qualidade e impacto.
O professor Edivaldo Lopes Thomaz, do Departamento de Geografia, considerou o reconhecimento um prêmio por mais de 25 anos de trabalho na Unicentro. “Eu recebi com enorme surpresa. Eu conhecia este respeitado ranking, mas acreditava que não era possível para um cientista que está na periferia da ciência brasileira atingir tal impacto”, revelou.
Edivaldo, que pesquisa a Gomorfologia Experimental e Erosão do Solo, destacou a importância de sua pesquisa para a conservação e sustentabilidade em sistemas agrícolas tropicais.
“De maneira geral, eu publico sobre o efeito do fogo nas propriedades do solo, erosão e degradação do solo em sistemas agrícolas tropicais. Muitos destes estudos são em parceria com estudantes de IC (Iniciação Científica), mestrado, doutorado, pós-doc e outros pesquisadores colaboradores do Brasil e do exterior”.
As pesquisas dos professores vão além do meio acadêmico e possuem relevância significativa para a sociedade. O professor Edivaldo explica que sempre procura dar um enfoque geográfico nos seus estudos, que estão intimamente ligados à interação da sociedade com o meio ambiente.
“A comunidade científica internacional e a sociedade têm interesse em conhecer a dinâmica dos processos biofísicos em paisagens tropicais associados à interação humana”, enfatizou. “Pois, dessa forma, é possível conservar o solo, a água, a vegetação, recuperar terras degradadas, bem como garantir a sustentabilidade de sistemas agropecuários tropicais”, conclui.
Para os docentes, a Unicentro desempenhou um papel crucial em suas trajetórias acadêmicas. Najeh destacou o apoio institucional da universidade ao longo de sua carreira, especialmente em termos de infraestrutura e equipamentos. “O apoio da Unicentro foi crucial para o desenvolvimento de trabalhos de alto impacto”, afirmou.
Edivaldo enfatizou que a valorização da pós-graduação e o apoio institucional foram determinantes para a realização de pesquisas com impacto significativo. “A expansão e a valorização da pós-graduação permitiu que nosso grupo de pesquisa e outros pudessem concorrer a editais da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Se o Laboratório de Erosão do Solo não tivesse sido construído, seguramente este impacto e reconhecimento científico internacional não teria acontecido.
Além disso, a política de capacitação docente e a destinação de carga horária para a pesquisa são imprescindíveis. Por fim, a liberdade para as atividades de ensino e pesquisa, que sempre tive na instituição, foram fundamentais para pensar e realizar estudos relevantes e de impacto”, afirmou.
Najeh acredita que a visibilidade trazida por esse reconhecimento pode atrair novos projetos e colaborações internacionais para a Unicentro. “Isso auxilia muito a universidade a aparecer e mostrar que está sendo desenvolvido um trabalho de qualidade e que tem um impacto científico muito importante em termos mundiais”, disse.