PM do Paraná troca o termo da polêmica

(Imagem: Reprodução/JN/Rede Globo)

 

Da Redação com informações do G1 Paraná

 

 

Após a polêmica dessa segunda-feira (13), que você pode reler AQUI, e pressionada por diversas manifestações, a Polícia Militar do Paraná retificou, às 19h50 de ontem mesmo, o edital do concurso público para a seleção de 16 novos cadetes, trocando o termo “masculinidade” por “enfrentamento”. A corporação já havia informado que faria a substituição do termo no edital.

A Polícia Militar do Paraná esclarece que está promovendo o ajuste no termo que gerou a polêmica, para ‘enfrentamento’, sem prejuízo à testagem psicológica necessária à definição do perfil profissiográfico exigido para o militar estadual, disse a nota.

O edital, antes da retificação (Imagem: Reprodução)

Na descrição do termo também houve alteração. A PM-PR retirou o trecho “tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”. A primeira parte da descrição foi mantida no edital.

O termo “enfrentamento” é definido na retificação como “capacidade de o indivíduo em não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades e de não emocionar-se facilmente”.

A nota da PM ainda diz que, em nenhum momento, tem adotado posturas sexistas, discriminatórios e machistas e destacou que depois de 164 anos de instituição tem uma mulher no comando, a coronel Audilene Rocha.

Ainda de acordo com a polícia, o autor do instrumento de avaliação psicológica, o Dr. Flávio Rodrigues Costa, esclareceu que o teste não tem conotação de diferenciação de gênero, sexo ou qualquer forma discriminatória.

A PM também informa que o autor lembrou que o teste foi aprovado e validado pela comissão que avalia os instrumentos de avaliação existentes no mercado. O autor reforçou também que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) jamais validaria o teste caso ele fosse discriminatório e se não atendesse todos os requisitos de respeito à dignidade da pessoa humana. O autor informou ainda que o mesmo instrumento já foi utilizado em outras instituições de segurança pública.

Também por meio de nota, o Governo do Paraná declarou que não admite postura discriminatória e determinou que a PM fizesse mudanças no edital.

 

 

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