Plantio de muda nativas celebra o Dia Mundial da Água em Guarapuava
Em comemoração ao Dia Mundial da Água, celebrado neste dia 22 de março, a prefeitura de Guarapuava, por meio das Secretarias de Meio Ambiente e de Agricultura, em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), Sanepar e o Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins realizaram, nesta quarta-feira, o plantio de mudas nativas para a recomposição da vegetação próximo a nascente da Bacia do Rio das Pedras, localidade de Campina Redonda, distrito do Guará.
“Esta ação que foi realizada é de extrema importância. Pois, os rios são o que mantêm a vida nos mais diversos ecossistemas. A vegetação encontrada na margem, ou seja, a Mata Ciliar, possui grande importância na sua preservação”, destacou o secretário de Meio Ambiente (SEMAG), Germano Toledo Alves.
Por meio da utilização da técnica solo-cimento foi realizado a proteção da área de nascente. Após isso, foi feito o plantio simbólico de 10 mudas da espécie pitangueira (Eugenia uniflora). Ao todo, serão plantadas no local aproximadamente 150 mudas nos próximos dias.
“Eu gosto sempre de frisar que a união faz a força. E ações como esta só são possíveis graças a essa união das entidades e o poder público. Além disso, quanto mais destacamos e orientamos a população desta importância, vamos aos poucos mudando o pensamento da sociedade de que a água um dia poderá acabar sim e devemos começar a preservá-la o mais rápido e de todas as formas possíveis”, frisou a diretora do Departamento de Educação Ambiental da SEMAG, Maristela Procidonio Ferreira.
Os alunos do 3° ano de Técnico em Meio Ambiente do Colégio Francisco Carneiro Martins, além de acompanhar a execução e aprender sobre o assunto, participaram ativamente da realização da ação. “Eu estou muito contente em poder fazer parte desta realização aqui hoje. As pessoas, muitas vezes, não entendem o tamanho da importância em preservar a água para a nossa sobrevivência”, expressou a aluna Isabela Rolão.
“Tenho o prazer imenso de estar neste dia acompanhando mais um trabalho importantíssimo para a preservação do Meio Ambiente. Eu estive a frente de diversos projetos ao longo dos 39 anos de experiência com o setor ambiental, mas sempre é uma alegria diferente quando vemos jovens, também preocupados e ativos nessa questão, que é de suma importância para a vida de toda a população”, salientou Mauro Battistelli, engenheiro agrônomo e representante do IAT em Guarapuava.
Guarapuava é cortada, em toda sua extensão, por diversos rios e riachos. Em um levantamento da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a água do Rio das Pedras, responsável pelo abastecimento de todo o município, é considerada a segunda melhor do Estado, ou seja, precisa de menos produtos químicos no processo de tratamento para torná-la potável.
“Temos o privilégio de termos uma água tão pura que necessita de pouca interferência química para torná-la potável. Por este motivo, temos a missão de darmos mais valor a ela e ajudar a preservá-la”, sublinhou José Marcondes, servidor e representante da Sanepar de Guarapuava.
A ação faz parte do projeto “Águas da Serra” que foi desenvolvido pelo município em 2019, por meio da SEMAG, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Caixa Econômica Federal. E tem como objetivo, proteger e recuperar a bacia hidrográfica do rio das Pedras, além de implementar ações voltadas à preservação do manancial de abastecimento público do município de Guarapuava.
Técnica solo-cimento
A proteção da nascente consiste na limpeza da área do olho d’água retirando pedras, tijolos, folhas e toda lama até que se encontre solo firme, onde a água brota limpa e com força. Em seguida, é feita uma mureta usando pedra-ferro com 20-30 cm de largura.
Durante a construção, devem ser colocados canos que servem para distribuição da água e limpeza do reservatório. O próximo passo é preencher com pedra-ferro o espaço entre a mureta e a mina. Por fim, o olho d’água é coberto com uma camada de mistura de solo (terra) cimento.
“A principal intenção em realizar este trabalho, é deixar a água dessa nascente mais próximo possível da água potável que posteriormente será canalizada e seguirá para um reservatório ou caixa d’água e servirá para o abastecimento doméstico”, finalizou Patrikk John Martins, engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura de Guarapuava.