Óleo de cozinha usado começa a ser coletado em Guarapuava

A Sanepar começou a disponibilizar pontos para a coleta de óleo de cozinha usado. Um dos locais será para empregados e familiares, na sede da Gerência Regional da Companhia, e o outro estará na Central de Relacionamento ao Cliente. Para os clientes e toda a população que quiser utilizar mais um ponto de destinação de óleo de cozinha usado haverá uma bomba da empresa GRT Óleo Vegetal na Central de Atendimento, que fica na Rua Azevedo Portugal, 1021, e funciona das 8h às 17h sem fechar para o almoço.

 A empresa GRT foi escolhida, após longo processo que tramitou internamente na Sanepar, por ter todas as licenças e autorizações ambientais exigidas. De acordo com a GRT, há cerca de outros 150 pontos de coleta espalhados pela cidade (em escolas, faculdades, condomínios residenciais e outros estabelecimentos). Todo o óleo coletado é destinado à produção de biodiesel. Hoje, a população guarapuavana consome cerca de 60 mil litros de óleo mensalmente e, no entanto, segundo informações do diretor da GRT, Gilson Tschá, a empresa coleta apenas 2,5 mil litros ao mês.

Descarte incorreto – Em Guarapuava, após trabalho de verificação feito pela Sanepar, em parceria com a Vigilância Sanitária do Município, há alguns anos, estimou-se que ao menos metade dos estabelecimentos como restaurantes, panificadoras, lanchonetes, supermercados, açougues, e outros que geram resíduos gordurosos, estavam irregulares em relação à instalação e ao uso da caixa de gordura e à destinação correta dos seus resíduos.

Desde 2010, a Sanepar em Guarapuava só libera a ligação de imóvel à rede coletora de esgoto se a edificação tiver a caixa de gordura corretamente instalada. Mas, ressalta a empresa, a população ainda precisa se conscientizar que, mesmo com caixas de retenção e de gordura, o óleo usado nunca deve ser despejado em ralos e pias.

O óleo de cozinha lançado inadequadamente nas redes coletoras é o principal causador de obstrução na rede de esgoto. Consequentemente, é um dos vilões nos casos de extravasamento de esgoto e de refluxo do esgoto. O óleo de cozinha e a gordura que vão parar na rede atuam como aglutinante, fazendo com que outros materiais se grudem e acumulem na rede, formando um bloco sólido que dificulta e até impede a passagem do esgoto. Isso também pode causar rompimento na rede de esgoto.

Descarte correto – Para a destinação correta e consciente, o óleo deve ser colocado dentro de garrafas plásticas do tipo PET, em temperatura ambiente. Não deve, por exemplo, ser colocado em garrafa de vidro, que pode quebrar durante o processo de transporte e descarga. Todas as garrafas PET recebidas na usina de separação da empresa GRT, de acordo com Gilson Tschá, são destinadas à reciclagem do plástico e não vão parar em aterro sanitário.

Foto: Ediane Batisttuz

Valdir de Oliveira Machado, responsável pelo trabalho de Vistoria Técnica na Sanepar, mostra, no interior de um pedaço de uma rede de esgoto, como fica o óleo despejado na rede depois de se aglutinar a outros dejetos. Observe na imagem que o material parece um 'concreto', ele se adere às paredes da rede coletora, endurece e simplesmente dificulta ou impede a passagem do esgoto. Em muitos casos, causa fissuras e até rompimento da rede.

Foto: Ediane Batisttuz

 

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