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Eu gosto da frase: vamos separar o joio do trigo!. Talvez, o mais inquietante, para qualquer ser humano que tenha compreensão do que significa essa afirmação, é que precisamos ter consciência do que se tem divulgado, principalmente nas redes sociais!
E quando eu penso em consciência, me vem à mente: de onde vem isso? Quem escreveu? Por que? Essas questões me remetem muito quando estou em sala de aula. Sempre pergunto aos meus alunos: vocês precisam beber da fonte! É para fazer uma pesquisa? Então, vocês não precisam referenciar o fulano que falou de um grande estudioso sobre um assunto! Leia o que o estudioso escreveu, estudou! O indicativo beber na fonte traduz muito o que temos buscado! E isso, ao meu ver, revela como tratamos das informações que recebemos!
Nesse sentido, me pergunto: se um futuro professor não busca a sua fonte de referência, como vai ajudar o seu aluno a fazer isso? De que forma o processo crítico (e aqui, entendam que eu falo de leitura de mundo) tem sido provocado?
Lembrando algumas passagens de minhas aulas, sempre pergunto aos meus alunos: Se hoje, vocês tivessem que dar uma aula sobre o descobrimento do Brasil, como vocês contariam essa história para os seus alunos? Com que olhar? Quem ganhou? Quem perdeu a batalha? Quem já vivia nessa terra? Fico triste, em muitos momentos, porque a escola conta, na maioria das vezes, apenas um lado da moeda, o que somente o livro didático reproduz ou aquilo que o professor aprendeu. Ponto.
Todas essas questões, de alguma forma, se relacionam com o que me foi proposto tratar: como não olhar para o lado?, como não buscar a fonte?, como não desconfiar?. Essas questões podem traduzir algo tão ruim na formação dos sujeitos? Quem estamos formando na escola?
Ao meu ver, é preciso que a escola olhe para o que tem acontecido fora dela. É inadmissível, na era em que estamos, não trabalhar a veracidade dos fatos! As grandes agências têm usado as redes sociais para divulgar o que chamam hoje de Fake News! É exatamente isso! Essas instituições têm faturado milhões, criando notícias falsas que mobilizem expectativas, falsas informações. Tenho percebido que isso serve apenas para gerar um tipo de pensamento único, de massa, sem criticidade.
Enquanto educadora, prefiro continuar a fazer mil perguntas, deixar meus alunos em dúvida, do que dizer que apenas uma linha é a correta, que apenas um caminho é o melhor! Se isso, de alguma forma, ajudar alguém a pensar e refletir, já fiz minha contribuição!