“O Brasil é um navio à deriva e sem projetos para o agronegócio”, diz Miguel Daoud

FOTO: João Muniz

Sindicato Rural promoveu palestra com perspectivas políticas e econômicas para agricultura

Numa linha de crítica a atual política de governo, o jornalista Miguel Daoud, falou para cerca de 230 pessoas sobre o cenário de super safra e a rentabilidade que não tem ajudado o setor agrícola.

Graduado na Escola Superior de Administração de Negócios pela Universidade Católica de São Paulo (PUC), apresentador do Canal Rural, analista financeiro e participante de programas da Rede Globo, Globo News, Cultura, Bandeirantes, Band News e nas Rádios Jovem Pan e Capital, ele veio a Guarapuava a convite do Sindicato Rural, dentro da agenda técnica da Expogua. O Brasil não tem um projeto, para nenhum setor, está sendo um barco à deriva. Precisamos continuar insistindo que o país tenha projeto para o setor agrícola, avalia.

Na sua opinião, enquanto países de 1º mundo tem o setor agropecuário sendo tratado como questão de segurança nacional, aqui os representantes no Congresso Nacional estão preocupados em governar pela causa própria. O Ministério da Agricultura tem instrumentos que poderia ajudar na agricultura, mas isso não é prioridade para eles, lamentou Daoud.

Funrural
Miguel disse em entrevista à imprensa que estão cometendo mais uma injustiça com o produtor rural, quando divulgam que o governo federal teria perdoado dívidas dos agricultores com o Funrural. Esse imposto já foi considerado no passado pelo Supremo Tribunal Federal, como inconstitucional. Portando não deveria existir essa dívida, frisou.

De acordo com ele o Paraná está sendo referência para o país por possuir uma infraestrutura mínima de escoamento de safra e excelentes índices de produtividade de grãos. O Paraná possui uma situação privilegiada, mas é preciso unir forças com os demais para propor uma oferta de preços de acordo com a demanda. Não adianta produzir bastante e não ter a rentabilidade necessária, reiterou.

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