“Novo Fundeb será fundamental para garantir qualidade na Educação”, diz Romanelli

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) reiterou que a aprovação do novo Fundeb na próxima quinta-feira (20), pelo Senado, será fundamental para garantir a manutenção e qualidade na educação básica oferecida pelos estados e municipíos.

Pela PEC, já aprovada na Câmara dos Deputados, o fundo terá caráter permanente, o que pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento dos ensinos infantil, fundamental e médio.

O relatório do senador Flávio Arns (Rede-PR) ratificou o apresentado pela deputada federal Dorinha Rezende (DEM-TO) que prevê o aumento progressivo da participação do Governo Federal no fundo de educação, passando dos atuais 10%, para 23% no ano de 2026. Pela Constituição, o Fundeb expira em dia 31 de dezembro deste ano.

Em 2019, os recursos do Fundeb somaram R$ 156,3 bilhões, provenientes, predominantemente do tesouro dos estados e dos municípios, que contribuem com 90% desse valor. Atualmente, 40 milhões de estudantes da rede pública são atendidos pelos recursos do financiamento. 

Senado – Para ter validade, a PEC precisa ser aprovada em dois turnos pelos senadores e promulgada pelo Congresso. “O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil. A nova proposta é um avanço para a educação básica. A maioria dos senadores apoia integralmente a proposta”, disse Romanelli.

O deputado afirmou que não há mais espaço para a desidratação proposta pelo Governo Federal. “O ministro Paulo Guedes (Economia) chegou a propor a validade do Fundeb a partir de 2022 e que os recursos possam servir para pagamento de aposentados e pensionistas. Não há como permitir que o Fundeb seja usado para pagar aposentados e pensionistas”, reforçou.

Romanelli avalia como “extremamente importante” a proposta assegurar a participação da sociedade no planejamento das políticas sociais. “A educação é um direito constitucional e é preciso garantir a todos os brasileiros o acesso à educação gratuita e de qualidade. Vamos avançar neste sentido com a aprovação no Senado da proposta do novo Fundeb, do jeito que está no relatório”, avaliou.

No dia 17 de julho, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná realizou uma audiência pública para debater o novo Fundeb que seria votado na Câmara dos Deputados naquela semana.

Na ocasião, um documento foi emitido e enviado às bancadas de deputados e senadores paranaenses em Brasília para que votassem favoráveis ao texto apresentado pela relatora deputada federal Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) e, agora no Senado, pelo senador Flávio Arns.

Equitativo – O Fundeb é responsável por 63% do investimento público em educação básica. Os recursos são distribuídos nas redes estaduais e municipais. O valor que cada município e estado vai receber depende da arrecadação e do número de matrículas em cada rede ensino.

Por isso, como explicou Romanelli, o Fundeb é um dos principais instrumentos de redistribuição de recursos do País, tornando o sistema educacional mais equitativo e com menos desigualdade.

O relator da PEC aponta que, se não fosse o Fundeb, os valores mínimos de aplicação ficariam em torno de R$ 500 por aluno/ano nos municípios mais pobres do Brasil.

“Com o Fundeb, hoje, assegura-se que o investimento mínimo per capita corresponda a cerca de R$ 3.600 por ano, reduzindo bastante as desigualdades entre regiões, estados e também entre municípios de um mesmo estado”, disse Flávio Arns.

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