No carnaval, a segurança é item obrigatório para a folia

No carnaval, até a mais elaborada fantasia precisa da segurança como item obrigatório para a folia. A Energisa Sul-Sudeste alerta quanto as dicas de segurança para um feriadão de diversão. Aos organizadores dos eventos carnavalescos a empresa ressalta a importância dos cuidados com a montagem, desmontagem e movimentação de andaimes e estruturas próximas à rede elétrica.

“Os responsáveis pela instalação das arquibancadas, camarotes, estruturas e enfeites de carnaval, devem tomar cuidado ao manobrar barras de metal, canos, arames, trilhos, suportes de luminosos próximos das redes de energia”, explica Fernando Bombarda de Moraes, coordenador de Saúde e Segurada da Energisa Sul-Sudeste.

Como os fios instalados no alto dos postes estão energizados, isto é, conduzem eletricidade permanentemente, qualquer descuido pode ser fatal. “Os fios se encontram em altura segura para os veículos e pedestres. Mas no carnaval, essa regra é quebrada pelo homem que fica cada vez mais próximo da rede de energia elétrica. Todo cuidado é pouco para que a brincadeira não resulte num grave acidente”, orienta.

Quem desfilar nos carros alegóricos, nos carnavais de rua, deve ficar atento com a distância segura da rede elétrica. “A preocupação nestes casos também é com o transporte dos carros por vias onde a rede elétrica atravessa avenidas e ruas até o local do desfile. Para a segurança, os carros alegóricos devem ter no máximo 5 metros de altura. Ao ultrapassar esse limite de segurança o folião corre o risco de tocar a rede de energia elétrica, provocar acidente e até a morte. Muitas vezes, encontramos pessoas em cima do carro, com um pedaço de madeira, tentando afastar os cabos para o veículo passar, isso é muito arriscado”, afirma o coordenador.

O folião deve ter muita atenção na hora de soltar fogos de artifício próximo às redes elétricas, pois podem provocar o rompimento dos fios da rede. “Além dos fogos, não deve ser utilizada serpentina de papel alumínio ou metalizada por cima dos fios. É preciso ainda muita atenção com os balões metalizados. Qualquer objeto na rede pode provocar interrupções no fornecimento de energia e até acidentes graves”, enfatiza Fernando.

Nos Clubes e Balneários – E para quem vai aproveitar o feriado nos clubes e balneários da região, a dica é ter atenção com aparelhos de som, de refrigeração, churrasqueiras elétricas e fios desencapados. Evite ligar qualquer aparelho próximo a duchas ou piscinas, evite improvisar e fazer ligações irregulares que aumentam o risco de acidentes.

Atendimento – E lembre-se, durante o carnaval a Energisa Sul-Sudeste estará pronta para atender caso seja necessário. Acesse: Gisa, assistente 24 horas, pelo WhatsApp: (18) 99120-3365

Deixe um comentário

Itaipu faz pesquisa inédita para produção de dourados em tanque-rede

Primeira carga de seis mil peixes foi entregue na terça-feira. Objetivo é proporcionar mais uma opção de renda a pescadores e piscicultores da região

A Itaipu Binacional iniciou uma pesquisa inédita para a produção do peixe da espécie dourado (Salminus brasiliensis) em tanques-rede. A primeira carga com seis mil peixes jovens, com seis meses de idade, chegou na manhã dessa terça-feira (14) à Unidade Demonstrativa e Experimental de Aquicultura em Sistema Bioflocos.

O objetivo da pesquisa é desenvolver a cadeia produtiva dessa espécie e fornecer mais uma opção de renda às comunidades que dependem da pesca ou da aquicultura do reservatório para produção de alimento e faturamento.

Segundo o engenheiro agrônomo André Watanabe, da Divisão de Reservatório, a pesquisa pretende valorizar comercialmente a espécie cuja pesca é proibida no Paraná. “Quando alguém compra um peixe da pesca está extraindo um recurso limitado, havendo risco de extinção. Com a aquicultura, a gente consegue fornecer esse peixe para consumo humano sem impactar o estoque natural”, afirmou Watanabe.

Atualmente, não há produção de dourado em sistemas de tanques-rede no Paraná. Os filhotes que chegaram à Itaipu viajaram 12 horas de caminhão desde Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Quando chegaram, a primeira medida foi aclimatar a água, igualando a temperatura das caixas de transporte e do tanque onde eles passaram a ficar.

Depois disso, são mais dois meses para os peixes se recuperarem e ganharem peso antes de serem levados aos tanques-rede do reservatório. Os peixes jovens tinham em média 62 gramas quando chegaram à Unidade de Bioflocos; a previsão é que, em um ano, eles passem de um quilo e estejam prontos para serem comercializados. O dourado possui grande valor comercial, possibilitando o atendimento de nichos de mercado com produtos de alto valor agregado.

Watanabe explicou que a Itaipu estuda a construção de tanques-rede maiores, de 500 metros cúbicos – atualmente, são dois modelos de 7 m³ e de 24 m³ – especialmente para a produção do dourado que, por ser uma espécie carnívora e dominante, necessita de mais espaço para se adaptar. “É um peixe que também exige mais cuidado no manejo”, disse ele, mostrando os dedos com algumas marcas de mordida.

Sistema de bioflocos

Na cadeia produtiva do peixe, a fase que vai da larva até o peixe juvenil é a com maior índice de mortalidade, por isso são necessários vários cuidados para que o alevino sobreviva até a fase adulta. Isso acontece em um ambiente fechado e controlado, que utiliza o mínimo possível de água e não polui o meio ambiente: o sistema de bioflocos.

Os bioflocos são aglomerados de bactérias que consomem a amônia produzidas pelos peixes. Como subproduto, é gerado o nitrato que, em um segundo momento, é consumido por plantas aquáticas, em um outro tanque. Assim, a mesma água é reutilizada várias vezes.

A título de comparação, para cada quilo de peixe produzido no sistema de bioflocos, são consumidos em média 500 litros de água. Em um sistema convencional, são utilizados de 18 a 30 mil litros de água que, se não for tratada, contamina rios e lagos.

“O objetivo da Itaipu é estudar formas mais sustentáveis para produzir peixes, que não contaminem o nosso reservatório”, explica o técnico em aquicultura Celso Carlos Buglione, da Divisão de Reservatório da Itaipu, responsável pelas pesquisas sobre os bioflocos feitas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O Paraná é o maior produtor de peixes do País, com cerca de 200 mil toneladas de pescado por ano e mais de 70% dessa produção está na bacia onde o reservatório da Itaipu está localizado. As pesquisas buscam criar protocolos de alimentação, controle da qualidade da água, além da validação de custos e viabilidade econômica da produção de peixes nesse sistema.