Jéssica Rocha, jornalista guarapuavana, relata como está a situação do Covid-19 na Irlanda
Localizada na Europa Ocidental a República da Irlanda também está em quarentena desde o domingo (15). Após uma semana, os números na Ilha da Esmeralda, como também é chamada a Irlanda já registrou até a noite do último domingo (22), 906 casos confirmados do COVID-19.
O mês de março no país é motivo de comemoração, já que no dia 17 de março é celebrado o Dia de São Patrício, o Santo Padroeiro da Ilha. Considerado o feriado mais importante da Irlanda, o St. Patrick’s Day nesse ano não aconteceu, deixando milhares de irlandeses apreensivos, e pela primeira vez na história desde o início das comemorações da data em 1997 o evento, que inclui desfiles entre outras atrações, nunca havia sido cancelado.
Em Dublin, capital irlandesa, é a cidade que tem o maior desfile do St. Patrick’s Day no país, com um público de aproximadamente 500 mil pessoas, incluindo irlandeses e turistas vindos de diferentes países e europeus e do mundo, movimentando durante os dias 13-17 de março a área de turismo, hotelaria e todo o comércio irlandês.
Após um ano e meio vivendo, estudando e trabalhando em um pub tradicional em Dublin, foi a única vez que presenciamos o fechamento de todos os pubs da capital (mais de 700) e em toda a ilha (mais de 7.000). Um momento histórico que será lembrado para sempre pelos intercambistas e irlandeses.
Medidas Governamentais – O primeiro-ministro irlandês decretou na segunda-feira (16), um auxílio financeiro para estudantes e desempregados que perderam seus trabalhos após o fechamento de pubs e grande parte do comércios locais. O auxílio de 203 EURO semanais será disponibilizado durante seis semanas. Também estão sendo analisadas medidas que auxiliem a população em relação aos aluguéis e hipotecas, acredita-se que as medidas nesse segmento se estendam pela suspensão parcial ou integral dos valores de aluguéis e hipotecas durante três meses.
Em relação a saúde, nunca se viu cidades, pontos turísticos, aeroportos entre outros espaços tão desertos. O “toque de recolher” está sendo levado à sério pelos Irish's e imigrantes que vivem no país para estudar inglês, cursos de graduação e pós-graduação ou que trabalham na ilha. A “cidade fantasma” como foi batizada após o primeiro caso do novo Coronavirus vive momentos de silêncio, reflexão e esperança.