Por Jonas Laskouski
(Foto principal: subtenente Élcio/5º SGBI)
O Corpo de Bombeiros não confirma a relação, mas os dados extraídos da área de atendimento do 5º Subgrupamento de Bombeiros Independente, com sede em Guarapuava, a pedido do Extra Guarapuava, mostram um aumento no número de incêndios registrados no município com a chegada do inverno.
Estatisticamente, a taxa de incêndios por período aumentou no inverno se comparada ao ano de 2017, quando atendemos 16 ocorrências em edificações nesta estação do ano, o que corresponde a uma taxa aproximada de 1 incêndio a cada 6 dias. Já neste ano (2018), até a presente data (números até 16/07), atendemos 12 incêndios em um período de 46 dias de inverno, o que corresponde a uma taxa aproximada de 1 incêndio a cada 4 dias, conta o aspirante-oficial BM Marcondes.
No entanto, como dito anteriormente, não é possível afirmar que esse aumento tenha relação com o comportamento dos moradores diante da utilização de meios para aquecimento durante o inverno, já que o Corpo de Bombeiros do Paraná não emite laudos de perícia a respeito das causas provocadoras dos incêndios. Nos últimos dias, entretanto, foram registrados casos em residências, principalmente feitas de madeira. A reportagem mostra quatro deles
REGISTROS
(Foto: Divulgação)
No dia 06 de julho, uma casa de madeira situada na rua Mary Thompson Milazzo, no Jardim das Américas, ficou completamente destruída pelo fogo. Eram quase 6h da manhã quando a equipe foi chamada para conter o as chamas na residência de cerca de 30m². Não havia ninguém no local.
Já na noite seguinte (07/07), por volta das 23h40, outra ocorrência foi registrada, também sem vítimas – dessa vez na rua Benedicto Carias de Oliveira, no bairro Primavera. Foram necessários três caminhões para conter as labaredas e fazer o rescaldo, já que outras casas próximas estavam ameaçadas.
Na madrugada deste último domingo (15), foram duas as residências incendiadas em Guarapuava. Na primeira ocorrência, as chamas consumiram um imóvel de aproximadamente 50m² na rua Dallas, no bairro Santana (foto acima). Já o segundo incêndio foi praticamente em seguida. No bairro São Cristóvão, esquina das ruas João Gelinski e Antônio Kais, mais uma casa totalmente destruída.
Naturalmente nessa época do ano, as pessoas tendem a passar mais tempo em casa, fazendo o uso de equipamentos que trazem risco de incêndios, como aquecedores, lareiras, lençol térmico e também, fogão à lenha. Esses equipamentos, se empregados de maneira incorreta, podem sim aumentar as chances de um incêndio, principalmente em residências de madeira, acrescenta o aspirante BM Marcondes.
ORIENTAÇÕES
É preciso muita atenção e cuidado quando se opera equipamentos e utensílios como os citados acima. Seguem algumas orientações importantes do Corpo de Bombeiros:
- Não cobrir aquecedores elétricos com tecidos;
- Evitar utilizar meios de aquecimento que envolvam a queima de materiais;
- Se a pessoa possuir em sua residência um fogão à lenha, recomenda-se colocar o fogão sob uma chapa de metal de modo a evitar que caiam brasas no chão. Evitar tapetes perto do fogão e também estar atento à manutenção da chaminé desse fogão à lenha;
- Se tiver crianças em casa, estar sempre atento ao que a criança está fazendo;
- Não sobrecarregar tomadas com diversos equipamentos elétricos, buscando utilizar tomadas diferentes para equipamentos diferentes;
- Não deixar equipamentos elétricos, lareiras, fogões à lenha ou velas acesas se nenhum morador da residência estiver presente;
- De maneira final, para qualquer tipo de aquecedor, seja elétrico ou à base de queima, nunca deixar tecidos próximos (cortinas, tapetes, toalhas, por exemplo).
“MINHA CASA ESTÁ PEGANDO FOGO. O QUE DEVO FAZER?”
É importante que todos os moradores tenham em mente pelo menos duas rotas de fuga seguras para retirar-se da residência em caso de incêndios. Assim que alguém perceber que existe um princípio de fogo, essa pessoa deve sair pela rota de fuga segura que planejou anteriormente, evitando voltar à residência para buscar bens materiais.
Vale lembrar que a principal causa de morte em incêndios é a inalação de fumaça, sendo assim reforçamos a informação de não retornar à residência para buscar bens materiais, conclui o aspirante-oficial BM Marcondes. Assim que a pessoa estiver segura do lado de fora, ligar para o Corpo de Bombeiros de Guarapuava, no telefone 193.