HÁ PESSOAS QUE NOS ROUBAM; HÁ PESSOAS QUE NOS DEVOLVEM

Foi com essa frase que iniciei, anos atrás, a leitura de um livro do Pe. Fábio de Melo, no seu lançamento, em um retiro da Canção Nova. O título do livro era QUEM ME ROUBOU DE MIM, um título que por si só já fala muito. Isso foi há exatos 10 anos, mas continua tão, mas tão atual, que resolvi escrever sobre – em especial por estarmos vivendo o período em que estamos, de Páscoa. Passamos pela vida e vamos nos relacionando – em diversas esferas e diversos graus de relacionamentos. E são sempre eles a nossa maior fonte de problemas, afinal, como disse Jean Paul Sartre o inferno são os outros. Se concordamos ou não com ele, e se a raiz dos problemas está nos outros ou dentro de nós mesmos – com as crenças limitantes, os condicionamentos, ou nossas heranças familiares ou sociais- o fato é que realmente existem duas categorias de pessoas: as que nos roubam e as que nos devolvem. As que nos roubam são aquelas que estimulam em nós tudo aquilo que não queremos ter ou ser. Sentimentos ruins, de baixa frequência vibracional – culpa, vergonha, medo, raiva, insegurança, tristeza, descontrole, desesperança…Pessoas que estimulam o nosso lado sombra de um jeito que nem nós às vezes acreditamos ser possível. O nosso lado cativo, ruim, demoníaco. Aquele que nos conflita, nos desestrutura, nos aflige, nos põe para baixo. O lado que faz com que desacreditemos e desistamos de nós mesmos e da vida. Que nos enfraquece como pessoas, como profissionais, como homens ou mulheres. E apesar de cumprirem o seu papel de nos testar, e nos tentar, nos colocando face a face com nossas mazelas internas, para poder transpô-las, essas pessoas nos deixam um sentimento de fracasso, e de que estamos descumprindo os planos de Deus para nós e para nossa vida. Por outro lado, existem aquelas pessoas que são verdadeiramente o outro lado da moeda. Que têm uma capacidade incrível de nos devolver, de nos resgatar, de tirar de nós o que temos de melhor. Elas nos estimulam e nos ajudam a ser a pessoa que gostaríamos de ser. Estimulam nosso lado luz, nossas capacidades, nossas potencialidades. Ao lado delas nos sentimos confiantes e esperançosos, e somos melhores como pessoas, como profissionais, o como homens e mulheres. Ao lado de pessoas assim resgatamos os sentimentos de alta frequência vibracional – a alegria, o amor, a coragem, a força, a confiança, a esperança e a paz que originalmente tínhamos.

FELICIDADE

Ao lado delas a felicidade é fácil de ser acessada por nós, e sentimos que cumprimos nossa missão na vida e os planos que Deus tem para nós. Ontem, ao participar da cerimônia da Paixão de Cristo na Igreja do Divino Espírito Santo, na Vila Bela, e ao tocar os relicários que estavam com um dos cravos e um pedacinho da madeira da Cruz de Jesus, e que originalmente ficam em Jerusalém, o meu pedido a Ele foi de que cada um de nós consiga, a partir desta Páscoa, alcançar a verdadeira ressurreição, a verdadeira transformação em nossa vida. Que o Sangue do Cordeiro de Deus, o Cravo e a Madeira da Sua Cruz nos dêem a inteligência, o discernimento, a sabedoria e, principalmente, a força necessárias para que, a partir desta Páscoa , possamos escolher no nosso dia a dia, a cada minuto de nossa vida, ter e manter ao nosso lado essas pessoas que nos resgatam, que nos devolvem, e que nos fazem cumprir os verdadeiros planos Dele para nós e para a nossa vida. Que a Sua Morte não tenha sido em vão, e que ela nos transforme na exata medida que precisamos ser transformados para que façamos da nossa vida uma vida melhor, e do nosso mundo um mundo melhor. Que Jesus nos devolva, e que Ele o faça da forma como Ele mesmo nos ensinou, e da forma com que Ele pode fazer na nossa vida – através das pessoas, das pessoas que escolhemos ter ao nosso lado. E que assim seja, amém!

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