Escola de Guarapuava oferece aulas de balé adaptadas em Libras

A Prefeitura de Guarapuava, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), junto com a Secretaria Municipal de Educação (SME), promove oficina de balé aos alunos da Escola Municipal Bilíngue de Instrução em Libras e a Escola Municipal Iná Ribas Carli.

“Não há como pensar em educação sem levar em conta a inclusão. A escola bilíngue de instrução em libras em nossa cidade é a pioneira no estado e isso nos orgulha muito. Ninguém fica esquecido em nenhuma área de nossa administração. Na educação e na cultura, não é diferente. Cada vez mais, vamos trabalhar para que todos sejam assistidos em nossa comunidade”, destacou o prefeito, Celso Góes.

“Levamos a oficina de balé para as Escolas Iná Ribas Carli e Bilíngue de Instrução em Libras porque a instituição tem um espaço incrível e adaptado para as aulas. As turmas são integradas, garantindo esta frente de acessibilidade aos estudantes surdos. As aulas estão dando muito certo e as crianças estão se adaptando bem, formando um ambiente muito legal de integração entre todos os alunos da escola”, declarou o secretário de Cultura, Cristhian Lucas.

“A participação no balé oferece uma oportunidade inclusiva para que as crianças surdas se envolvam em atividades culturais, promovendo a integração e a diversidade e ajudando a combater estigmas e preconceitos. Esta colaboração entre a escola e a Secult é fundamental para promover a inclusão e o desenvolvimento integral dos alunos, permitindo o acesso deles a uma gama de experiências culturais a fim de enriquecer seu aprendizado e ampliar suas oportunidades de desenvolvimento”, enalteceu a diretora da instituição, Eliane Valentim de Abreu.

A iniciativa é realizada nas próprias unidades de ensino, anexadas uma à outra, no Bairro Industrial. As aulas são ofertadas a seis turmas, que incluem estudantes surdos. A oficina ocorre toda terça-feira, no período da tarde, em um espaço adequado para a prática.

Beatriz Protcz é professora da instituição e salienta os benefícios da oficina. Além disso, a educadora relata que, ao presenciar a inclusão das aulas, incentivou a participação do seu filho ouvinte, Carlos Eduardo, de 6 anos, nas atividades.

“Eu, como mãe e professora, percebo a grande importância das aulas de balé no desenvolvimento do meu filho e dos nossos alunos, que se dá em várias dimensões. O balé ajuda no desenvolvimento motor, na coordenação motora fina, no desenvolvimento global da criança e na expressão visual, que é essencial na comunicação da criança surda”, destacou Beatriz.

“A aula de balé para os alunos surdos é muito importante para que eles aprendam que podem ser inseridos em outras áreas além da sala de aula. Tanto nessa quanto em outras oficinas, eles veem que podem seguir a carreira que quiserem. Especialmente na turma de surdos, que, muitas vezes, ficam presos dentro de uma bolha em que acham que outras pessoas não vão entendê-los. Isso é muito importante para eles aprenderem a ter esta relação com o espaço e coisas que eles são capazes de fazer mas não sabiam”, explicou a instrutora da oficina de balé, Alanis Pontes.

Os estudantes irão se apresentar na quarta edição da Mostra Viva Dança, expressando na prática seus conhecimentos adquiridos durante a oficina. Além das Escolas Municipais Iná Ribas e Bilíngue de Instrução em Libras, a Secult oferta oficinas gratuitas para toda a comunidade em outros 14 pontos da cidade.

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Guarapuava tem crescimento no número de leitos de hospitais e enfermeiros

Em contrapartida, a cidade tem falta de fonoaudiólogos e assistentes sociais, aponta pesquisa

Guarapuava apresentou um crescimento significativo no número de leitos de hospitais, entre 2018 e 2023. O total de vagas hospitalares passou de 364 para 425, um aumento de 16,8%. Esse crescimento acompanha a tendência observada em níveis estadual e nacional, refletindo investimentos na infraestrutura de saúde. Os dados são da pesquisa “Guarapuava em Números” encomendada pela ACIG no ano de 2023/2024.

Os números mostram que tanto os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto os não SUS cresceram neste período. Em Guarapuava, os leitos SUS passaram de 250 em 2018 para 284 em 2023, representando um aumento de 13,6%. Já os leitos não SUS cresceram de 114 para 141, um avanço expressivo de 23,7%.

No Paraná, o número total de leitos passou de 27.392 para 26.219, mostrando uma leve redução na oferta estadual. No Brasil, porém, houve um crescimento geral de 432.788 para 450.167 leitos, com destaque para o aumento de leitos SUS, que passaram de 300.280 para 309.606, e os não SUS, que subiram de 132.508 para 140.561.

Crescimento e Desafios – O crescimento dos leitos hospitalares é uma conquista importante para a região de Guarapuava, garantindo maior capacidade de atendimento à população. No entanto, o desafio permanece em manter a qualidade dos serviços e a distribuição equilibrada desses leitos, principalmente considerando a queda no número total de leitos no estado do Paraná.

Os investimentos na saúde pública e privada têm sido essenciais para essa evolução, e a tendência de crescimento reforça a necessidade de planejamento contínuo para atender à demanda da população. A evolução do número de leitos em Guarapuava e no Brasil demonstra um cenário positivo, porém, exige atenção para garantir que a ampliação da infraestrutura hospitalar acompanhe as necessidades dos cidadãos.

Número de Profissionais – Guarapuava conta com um total de 2.814 profissionais da saúde, número que representa uma proporção de 15,35 profissionais para cada 1.000 habitantes, índice superior à média estadual do Paraná (13,38) e à nacional (13,08). A presença desses profissionais é fundamental para garantir atendimento qualificado à população.

Distribuição dos Profissionais – Entre as categorias analisadas, os enfermeiros são o grupo mais numeroso em Guarapuava, totalizando 486 profissionais, seguidos pelos técnicos de enfermagem (945) e médicos (421). A relação de médicos por 1.000 habitantes na cidade é de 2,30, um pouco abaixo da média estadual (2,72) e nacional (2,54). Já a categoria de enfermeiros apresenta um índice de 2,18 por 1.000 habitantes, próximo à média do Paraná (2,18) e superior à nacional (1,86).

Outras categorias importantes também possuem representatividade significativa na cidade, como cirurgiões-dentistas (240), fisioterapeutas (233), farmacêuticos (112) e psicólogos (189). Entretanto, algumas áreas apresentam um número mais reduzido de profissionais, como fonoaudiólogos (47) e assistentes sociais (45), o que pode indicar desafios na oferta de serviços especializados.

Apesar de Guarapuava apresentar um número de profissionais por habitante superior à média nacional e estadual, a distribuição por especialidade ainda pode ser um ponto de atenção. Algumas categorias, como médicos e enfermeiros, estão relativamente equilibradas, enquanto outras, como auxiliares de enfermagem (42)) e assistentes sociais (45, têm menor representatividade.

Desafios e Perspectivas – A presença de profissionais da saúde em Guarapuava é um indicativo positivo da estrutura da rede de atendimento no município. Ententanto, desafios como a necessidade de mais especialistas em algumas áreas e a distribuição equilibrada dos serviços seguem como pontos de atenção.

O fortalecimento de políticas públicas voltadas à formação e fixação desses profissionais pode ser um caminho para garantir que a população tenha acesso a um atendimento de qualidade e adequado às suas necessidades.

Confira estas e outras informações da pesquisa Guarapuava em Números acessando aqui.