Enfermagem realiza cerimônia da passagem da lâmpada
A cerimônia de passagem da lâmpada representa, para a enfermagem, a responsabilidade que os profissionais assumem de manter acesa a chama do atendimento e do cuidado com o outro. Essa tradição remonta ao XIX e é uma homenagem à britânica Florence Nightingale, conhecida como a mãe da enfermagem moderna, por seu papel de liderança no atendimento aos soldados feridos durante a Guerra da Crimeia. A lâmpada foi convertida em símbolo porque Florence usava uma lamparina para passar pelos leitos, durante as noites de guerra. Assim, os soldados sabiam que se a luz se aproximava era porque a “dama da lâmpada”, como era conhecida, estava olhando e cuidando deles.
Ao receberem a lâmpada, os estudantes que iniciarão o quinto ano do curso de Enfermagem, como o Fábio Batista, assumem também o compromisso do cuidado e da atenção ao paciente. “Essa é uma cerimônia tradicional dentro da Enfermagem. Então, quando nós víamos ela no primeiro ano, vinha aquela expectativa ‘quando será nossa vez?’. Esse dia finalmente chegou e me sinto feliz de estar assumindo essa responsabilidade e recebendo a luz que a mãe da enfermagem moderna, Florence, carregou um dia e agora nós carregamos”.
Receber a lâmpada, portanto, é assumir responsabilidades – pela própria formação e por ser um profissional atento às necessidades do outro. “Esse momento, para nós, é simbólico porque a gente vê um ciclo se fechando. É simbólico no sentido de ter esse encontro do quinto ano para o quarto ano, que o quarto ano vai vivenciar esse experimento de ser enfermeiro no quinto ano.
O quinto ano é momento ali que ele pega todo conhecimento de todos os quatro anos anteriores e consegue executar sozinho, com uma supervisão semi-direta do professor. É o momento que ele se sente enfermeiro de verdade, porque ele toma muitas atitudes, muitas responsabilidades, tem muita autonomia nesse momento”, contextualizou a chefe do Departamento de Enfermagem, professora Tatiane Baratieri.
A passagem da lâmpada é, ainda e sobretudo, a certeza da continuidade, de que a profissão seguirá sendo exercida com responsabilidade e ética, como frisa a professora Marília Cavalcante. “A gente se sente muito honrado de prestigiar o crescimento e evolução de cada aluno. Conseguir enxergar até onde eles chegaram e o quanto eles batalharam, foram lapidados ao longo do processo de formação. Então, é motivo de, realmente, muito orgulho para a gente prestigiar isso na certeza de que eles estão muito bem preparados para o mercado de trabalho e, sem dúvidas, farão a diferença por onde passarem”.