Deppen forma 60 detentas em cursos profissionalizantes no Paraná 

A Polícia Penal do Paraná formou 60 detentas do Centro de Integração Social de Piraquara em cursos profissionalizantes de diversas áreas, na modalidade à distância, nesse sábado (22). A ação é uma parceria da Secretaria estadual da Segurança Pública com a Igreja Universal e com as instituições de ensino superior Fan e a Fanduca.

O secretário estadual de Segurança Pública, Romulo Marinho, e as demais autoridades visitaram o laboratório de informática onde a Fanduca disponibiliza cursos de graduação de Pedagogia e Serviço Social gratuitos para as internas. O professor Adriano Valotto, representando a Fanduca, apresentou a metodologia de ensino.

“Temos a concessão federal que nos permite exercer nossa metodologia pedagógica e isso reforça a integração da Secretaria da Segurança Pública e da Polícia Penal com a Fanduca para que o projeto aconteça. Estamos muito motivados para implantar esse sistema educacional, faremos o melhor pois queremos pessoas bem formadas para que, quando saírem, estejam preparadas para competir e seguir a vida”, afirmou

Formatura – Por meio da parceria da Secretaria da Segurança Pública com o grupo Universal nos Presídios e a Faculdade Fanduca, as mulheres privadas de liberdade tiveram acesso a cursos de capacitação profissional como cabeleireiro, empreendedorismo, gestão de empresas, etiqueta social, entre outras. As aulas ocorreram dentro do próprio CIS, em salas de aula adequadas para os estudos. Em outras regiões do estado formaturas também aconteceram.

Nesse sábado, elas trocaram os afazeres internos da unidade pela maquiagem, preparação para a cerimônia. Com direito ao tradicional traje de colação de grau, elas receberam o canudo das mãos das autoridades do Departamento de Polícia Penal, da Igreja Universal e da Secretaria da Segurança Pública. A cada diploma entregue, as mulheres vibraram com alegria e satisfação por terem concluído a formação profissionalizante.

Momento de Emoção – O momento de maior reflexão da formatura foi com a canção Carta de um Presidiário, entoada por todas as formandas. Muitas se emocionaram com as estrofes que abordam a saudade de casa, a convivência com a família e os momentos de lazer que ficaram na lembrança, mas se confortaram com a expectativa de uma vida normal fora dos portões da unidade, agora com mais chances de progredirem no mercado com os cursos.

Segundo o secretário Romulo Marinho, com educação e trabalho pode-se transformar a realidade das internas quando voltarem à sociedade, pois é uma oportunidade de seguir a vida de forma justa e com satisfação pessoal.

“A educação está revolucionando o sistema prisional. Essa é uma ferramenta que tem que existir dentro do sistema prisional porque as pessoas entram aqui para cumprir as suas penas, mas elas precisam voltar à sociedade melhor do que entraram, para que possam ter uma nova perspectiva de vida. As pessoas vão voltar para as suas famílias e para sociedade bem diferente, já com uma capacitação e um diploma, o que levará elas a serem chamadas para trabalhar lá fora”, afirmou.

O professor Adriano Valotto acredita que dar oportunidade a uma nova opção de trabalho para as mulheres da unidade penal quando retornarem à sociedade é garantir dignidade de vida para elas.

“São pessoas que ao sair daqui terão uma profissão para no mercado de trabalho competir de igual para igual, para ter seus recursos próprios financeiras de forma correta e serão cidadãs aceitas pela sociedade por motivo de uma mudança”, disse.

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