Aos poucos os produtores foram ganhando experiência na fabricação de embutidos
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O casal Edinéia e Oldair Zorzi mora em Monte Alvão, no distrito Guará, em Guarapuava. Até dez anos atrás eles trabalhavam com o cultivo de grãos e produtos orgânicos. Na época o casal resolveu investir em uma agroindústria de embutidos, apesar da falta de experiência no ramo. Com a orientação dos extensionistas do Instituto Emater eles construíram a primeira fábrica, de 27 metros quadrados. Hoje os produtos Zorzi estão presentes na região de Guarapuava e as instalações da agroindústria somam 80 metros quadrados. O casal também investiu em um abatedouro de frangos para atender a região e quer conquistar o mercado de outros estados.
A agroindústria Zorzi começou com muita dificuldade e poucos recursos. Mas a boa aceitação dos produtos pelo levou o casal a planejar a ampliação das instalações. Há cinco anos, com o auxílio técnico da Secretaria da Agricultura e financiamento do Pronaf, a capacidade da fábrica foi aumentada. Em meados de 2016 Oldair decidiu construir um abatedouro de frango caipira. Na unidade, de 168 metros quadrados, são abatidos 150 frangos semanalmente. Mas a capacidade instalada é de abater até 600 aves por semana. Toda a produção é vendida em feiras, açougues e hotéis de Guarapuava.
A fábrica de embutidos tem dois funcionários e ainda ocupa a mão de obra dos dois filhos do casal. Eles ajudam na agroindústria e na comercialização dos produtos. A unidade produz, em média, 500 kg de embutidos por semana. Entre os produtos estão a linguiça pré-cozida, salame, toucinho, bacon, linguiça defumada, lombo, costela defumada, patê de torresmo e banha. O abatedouro gera emprego para até 13 pessoas nos dias de abate.
Foi graças ao Pronaf que o casal Zorzi conseguiu melhorar as suas instalações. Foram investidos R$80 mil na ampliação da agroindústria e na compra de equipamentos. Para atender à demanda, o casal adquire carne suína de criadores da região.
No caso do frango, os Zorzi criam as aves e fazem o abate. Isso exigiu um gasto de aproximadamente R$ 500 mil no abatedouro e galinheiros. “Sem o Pronaf não conseguiríamos fazer esse investimento para legalizar a produção de embutidos e o abate de frangos”. concluiu Oldair Zorzi. Ele agora espera a adesão de Guarapuava ao SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal), o que possibilitará vender os produtos para todo o Brasil. “Com o SISBI vejo a possibilidade de ampliar mercado e contratar mais empregados para as duas agroindústrias”, comemora Oldair.
Fonte: Emater