Guarapuava tem 21 travessias elevadas instaladas por toda a cidade pela Companhia de Serviços Urbanos de Guarapuava (Surg). Nas travessias elevadas os motoristas são em tese, obrigados a parar o carro para os pedestres atravessarem, uma ação que busca trazer educação no trânsito para ambas as partes e principalmente segurança para os pedestres. No entanto, nem sempre é isso que acontece.
A reportagem do Jornal Extra Guarapuava acompanhou por dois dias, nas principais ruas da cidade, onde há travessias elevadas e comprovou as dificuldades que o pedestre tem para atravessar. Na Rua Capitão Rocha, no Centro, há duas travessias elevadas instaladas, uma próximo do Colégio Nossa Senhora de Belém que em horários de pico constituem uma verdadeira aventura para os alunos atravessarem. “Na saída do colégio, na hora do almoço e na parte da tarde, é um perigo, porque o pessoal vem em velocidade e ninguém para. Qualquer um que for passar tem que tomar muito cuidado”, disse Eleonora Alves, que trabalha em estabelecimento comercial próximo ao local.
A outra travessia elevada da Rua Capitão Rocha é na esquina com a Rua XV de Novembro, principal via comercial da cidade. Ali, o movimento de pedestres que trafegam pelo calçadão da XV é muito maior. Na média, para cada 10 carros que passam, apenas 2 veículos param para os pedestres atravessarem. Em muitos casos, um motorista para e quando o pedestre está atravessando a travessia, que também tem a faixa de pedestre, surge um apressado motorista na outra mão da via, que acaba não parando. “É uma cena comum. A pessoa está atravessando e de repente o outro motorista vem e entra, sem respeitar a faixa”, declarou o senhor Pedro Arquimedes.
O fato ocorre também nas demais travessias da cidade, especialmente nas travessias elevadas da região da Estação da Fonte, do terminal de transporte coletivo da cidade, nas Ruas Padre Chagas e Guaíra. “Colocaram esta travessia aqui na Padre Chagas, mas você pode observar, os carros vem em alta velocidade, reduzem, mas não param. O pedestre tem que esperar, mas em horário de almoço e no final da tarde é quase impossível atravessar. É um problema comportamental dos motoristas, porque somente alguns param. Teria que ter fiscalização com abordagem e multa, acho que somente assim iria melhorar esta questão”, disse a estudante Josiane Diniz, enquanto aguardava para poder atravessar a rua com direção ao terminal de transportes.