Manvailer agora é réu (Foto: Reprodução/Facebook)
Por Jonas Laskouski com informações do G1
17 dias depois da morte da advogada Tatiane Spitzner e seus desdobramentos, nesta quarta-feira (08) a Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra o marido da advogada, Luis Felipe Manvailer, pelos crimes de homicídio com quatro qualificadoras (meio cruel, dificultar defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio), cárcere privado e fraude processual.
Com isso, Manvailer pode ser tratado oficialmente como réu. A decisão foi proferida pela juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava.
Agora, os advogados de Manvailer têm dez dias para apresentar a defesa preliminar e arrolar testemunhas, conforme determinação da juíza. A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi apresentada nesta terça-feira (07). Em nota divulgada há pouco, a defesa técnica do réu informa que permanece no aguardo do resultado de exames periciais no corpo da vítima, no apartamento do casal, nas câmeras de segurança, nos smartphones, computadores e HDs apreendidos e na realização de reprodução simulada dos fatos com a participação do acusado.
“Nesse momento é importante reafirmar que qualquer posicionamento sobre o caso, seja dos Delegados, Promotores, Advogados de Acusação ou de outro profissional que tenha participado do todo ou de parte deste apuratório (que sequer se encontra efetivamente concluído, já que pendentes importantes diligências) estará tratando de hipóteses especulativas, baseadas em fragmentos, que destoam de comprovação técnica científica”.
Como publicamos nesta quarta-feira (leia clicando AQUI), a defesa do professor Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, pediu que ele seja transferido da PIG (Penitenciária Industrial de Guarapuava) para o Complexo Médico-Penal do Paraná (CMP), em Pinhais, na região de Curitiba, para atendimento psiquiátrico e psicológico urgente, depois da tentativa de tirar a própria vida.
No despacho em que aceitou a denúncia, a juíza Paola Mancini disse que “já adotou as providências necessárias para análise de eventual remoção”. A promotora Dúnia Serpa Rampazzo encaminhou ofício ao secretário de Saúde de Guarapuava, Celso Góes, solicitando urgente avaliação psiquiátrica e psicológica para o agora réu, Luís Felipe Manvailer.