por Daniel Pearl Bezerra
O PT oficializou neste sábado (21), em sua convenção nacional, a candidatura da presidenta Dilma Rousseff a seu segundo mandato nas eleições de 5 de outubro. Também foi renovada a aliança do PT com o PMDB e a candidatura de Michel Temer à reeleição a vice-presidente como companheiro de chapa de Dilma. A aliança foi aprovada há duas semanas pelo PMDB. No encontro, realizado em Brasília, Dilma e Temer tiveram o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente nacional do PT, Rui Falcão; além de presidentes de partidos aliados, vários ex-ministros, dezenas de parlamentares, governadores, prefeitos e líderes políticos regionais. Apesar da candidatura já ser dada como certa há meses pelo PT, até agora ainda não havia sido formalizada. Lula ressaltou as mudanças vividas pelo país nos últimos anos e chamou a militância petista a tomar as ruas do país. Pelo que nós fizemos, temos de ir para a rua e defender essa mulher, disse. Falcão voltou a ressaltar a necessidade de implementar uma reforma do sistema político eleitoral e a democratização dos meios de comunicação, a qual, segundo disse, os oligopólios tentam caracterizar como censura. O presidente nacional do PT também comentou as vaias que Dilma recebeu durante a partida de abertura da Copa do Mundo, e disse que o tiro saiu pela culatra porque a presidenta foi cercada pela solidariedade dos que condenam a violência. De acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada na quinta-feira (19), se as eleições fossem hoje, Dilma obteria 39% dos votos, contra 21% do senador Aécio Neves (PSDB), e 10% do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). Transformação Durante seu discurso, Dilma anunciou o Plano de Transformação Nacional, que será o principal eixo do seu programa de governo. Segundo ela, trata-se de um conjunto de medidas, como reformas política, federativa, urbana e de serviços públicos, além de outros mecanismos capazes de produzir revoluções educacional, tecnológica e digital que levarão o país a um novo ciclo histórico de desenvolvimento. Temos, agora, uma oportunidade rara na história: defender os grandes resultados de um ciclo fabuloso e, ao mesmo tempo, ter força para anunciar o nascimento de um novo ciclo de desenvolvimento, disse Dilma, no evento que oficializou sua candidatura ao Palácio do Planalto, em Brasília. Dilma afirmou que o principal mecanismo para deflagrar uma revolução digital no país será o programa Banda Larga para Todos, que tem a meta de promover a universalização do acesso de todos os brasileiros a um serviço de internet barato, rápido e seguro. O programa pressupõe tanto a expansão da infra-estrutura de fibras óticas e equipamentos de última geração, como o uso da Internet como ferramenta de educação, lazer e instrumento de participação popular, nas decisões do governo, explicou.
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