Professores do Paraná podem participar de intercâmbio nos EUA; inscrições abertas

A Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) abre nesta segunda-feira (08) as inscrições para o programa de intercâmbio em parceria com o Estado de Utah, nos Estados Unidos. Serão selecionados professores para atuar no ensino de Português nas turmas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental por um período de até 3 anos. Para consultar o edital completo, aqui.

Os candidatos aprovados receberão um salário anual que varia de US$ 29 mil a US$ 44 mil, dependendo da titulação, além de outros benefícios como plano de saúde e odontológico, moradia inicial, oportunidade de visto de trabalho para cônjuge e matrícula em escola pública para filhos de 5 a 18 anos.

A ação é resultado do Memorando de Entendimento entre a Seti e a Secretaria de Educação do Estado de Utah, assinado em 2014. “O programa fortalece a cooperação internacional entre o Paraná e o Estado de Utah na medida em que proporciona uma troca de experiências culturais, de ensino e de aprendizagem”, destaca o coordenador de Relações Internacionais da Seti, Luis Mascarenhas.

Para a coordenadora do Programa de Imersão dupla em Língua Portuguesa do Estado de Utah, Silvia Juhas, a experiência em um sistema educacional diferente do vivenciado no Brasil contribui para a formação profissional dos professores e para que alunos americanos aprendam a língua e conheçam cultura brasileira.

Requisitos – Os candidatos necessitam ter graduação em Licenciatura em Pedagogia, Letras ou áreas afins, experiência comprovada de três anos na função de professor do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e proficiência em língua inglesa a equivalente B1.

Os professores selecionados precisam estar aptos para o ensino das disciplinas de Português, Matemática, Estudos Sociais, Ciências e, quando necessário, Educação Física. O profissional terá um contrato de trabalho em tempo integral de 40 horas semanais, sendo 30 horas em sala de aula e 10 horas para preparação.

As inscrições poderão ser feitas até o dia 22 de fevereiro exclusivamente por e-mail. A ficha de inscrição e os documentos exigidos deverão ser enviados no formato PDF para o seguinte endereço eletrônico: http://utah.seti@gmail.com.

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Guarapuava tem crescimento no número de leitos de hospitais e enfermeiros

Em contrapartida, a cidade tem falta de fonoaudiólogos e assistentes sociais, aponta pesquisa

Guarapuava apresentou um crescimento significativo no número de leitos de hospitais, entre 2018 e 2023. O total de vagas hospitalares passou de 364 para 425, um aumento de 16,8%. Esse crescimento acompanha a tendência observada em níveis estadual e nacional, refletindo investimentos na infraestrutura de saúde. Os dados são da pesquisa “Guarapuava em Números” encomendada pela ACIG no ano de 2023/2024.

Os números mostram que tanto os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto os não SUS cresceram neste período. Em Guarapuava, os leitos SUS passaram de 250 em 2018 para 284 em 2023, representando um aumento de 13,6%. Já os leitos não SUS cresceram de 114 para 141, um avanço expressivo de 23,7%.

No Paraná, o número total de leitos passou de 27.392 para 26.219, mostrando uma leve redução na oferta estadual. No Brasil, porém, houve um crescimento geral de 432.788 para 450.167 leitos, com destaque para o aumento de leitos SUS, que passaram de 300.280 para 309.606, e os não SUS, que subiram de 132.508 para 140.561.

Crescimento e Desafios – O crescimento dos leitos hospitalares é uma conquista importante para a região de Guarapuava, garantindo maior capacidade de atendimento à população. No entanto, o desafio permanece em manter a qualidade dos serviços e a distribuição equilibrada desses leitos, principalmente considerando a queda no número total de leitos no estado do Paraná.

Os investimentos na saúde pública e privada têm sido essenciais para essa evolução, e a tendência de crescimento reforça a necessidade de planejamento contínuo para atender à demanda da população. A evolução do número de leitos em Guarapuava e no Brasil demonstra um cenário positivo, porém, exige atenção para garantir que a ampliação da infraestrutura hospitalar acompanhe as necessidades dos cidadãos.

Número de Profissionais – Guarapuava conta com um total de 2.814 profissionais da saúde, número que representa uma proporção de 15,35 profissionais para cada 1.000 habitantes, índice superior à média estadual do Paraná (13,38) e à nacional (13,08). A presença desses profissionais é fundamental para garantir atendimento qualificado à população.

Distribuição dos Profissionais – Entre as categorias analisadas, os enfermeiros são o grupo mais numeroso em Guarapuava, totalizando 486 profissionais, seguidos pelos técnicos de enfermagem (945) e médicos (421). A relação de médicos por 1.000 habitantes na cidade é de 2,30, um pouco abaixo da média estadual (2,72) e nacional (2,54). Já a categoria de enfermeiros apresenta um índice de 2,18 por 1.000 habitantes, próximo à média do Paraná (2,18) e superior à nacional (1,86).

Outras categorias importantes também possuem representatividade significativa na cidade, como cirurgiões-dentistas (240), fisioterapeutas (233), farmacêuticos (112) e psicólogos (189). Entretanto, algumas áreas apresentam um número mais reduzido de profissionais, como fonoaudiólogos (47) e assistentes sociais (45), o que pode indicar desafios na oferta de serviços especializados.

Apesar de Guarapuava apresentar um número de profissionais por habitante superior à média nacional e estadual, a distribuição por especialidade ainda pode ser um ponto de atenção. Algumas categorias, como médicos e enfermeiros, estão relativamente equilibradas, enquanto outras, como auxiliares de enfermagem (42)) e assistentes sociais (45, têm menor representatividade.

Desafios e Perspectivas – A presença de profissionais da saúde em Guarapuava é um indicativo positivo da estrutura da rede de atendimento no município. Ententanto, desafios como a necessidade de mais especialistas em algumas áreas e a distribuição equilibrada dos serviços seguem como pontos de atenção.

O fortalecimento de políticas públicas voltadas à formação e fixação desses profissionais pode ser um caminho para garantir que a população tenha acesso a um atendimento de qualidade e adequado às suas necessidades.

Confira estas e outras informações da pesquisa Guarapuava em Números acessando aqui.