Procon-PR orienta sobre exigência do código 0303 para ligações de telemarketing

O Procon-PR orienta os consumidores sobre a obrigatoriedade, a partir desta terça-feira (10), de uso do código 0303 por empresas de telemarketing que oferecem produtos e serviços, nas chamadas telefônicas originarias de celular. Já o prazo limite para as ligações a partir de telefones fixos é 10 de junho.

O objetivo da determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é que o consumidor identifique tratar-se de ligação de telemarketing e, então, decida por atendê-la ou não.

Para Rogério Carboni, secretário da Justiça, Família e Trabalho, a medida corresponde aos anseios das pessoas que se sentem incomodadas com inúmeras ligações, de dia e também à noite, sem conhecer sua origem.

“É desagradável. Quem ainda não foi alvo desse tipo de abordagem que, muitas vezes, atrapalha atividades de trabalho e também pessoais? A medida da Anatel, como órgão regulador dos serviços de comunicação, é necessária. Agora, o Procon-PR se soma a esse esforço em defesa do direito do consumidor paranaense de decidir se atende ou não às chamadas dos serviços de telemarketing”, afirmou.

Quem quiser evitar as ligações pode se cadastrar no Sistema de Bloqueio de Telemarketing do Procon-PR ou no site naomeperturbe.com.br. Após o cadastramento, há prazo de 30 dias para o bloqueio, o que vale para chamadas com uso do código 0303 ou não.

“O usuário que receber ligações após os 30 dias da data do ingresso no cadastro deverá registrar ocorrência junto ao Procon-PR, informando o dia, horário, nome do atendente e da empresa prestadora do serviço, a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis”, explicou Claudia Silvano, diretora do Procon-PR.

De acordo com ela, as empresas que não cumprirem a determinação da Anatel estarão sujeitas a sanções, inclusive de bloqueio do número indevidamente utilizado. “Além disso, o consumidor deverá ser orientado, caso queira, a ingressar no Juizado Especial Cível com um pedido de indenização por danos morais”, completou.

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Itaipu promove investigação sobre balanço de carbono do reservatório

Iniciativa tem participação de 37 pesquisadores e 13 bolsistas e atualiza dados sobre emissões de gases de efeito estufa e sua relação com a biodiversidade

A Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec e cinco universidades parceiras promovem, durante esta semana, a coleta de materiais no reservatório da usina para analisar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e sua relação com a biodiversidade. Utilizando tecnologia de ponta, o projeto conta com a participação de 37 pesquisadores e 13 bolsistas.

Conforme explica a gerente do Departamento de Reservatório e Áreas Protegidas da Itaipu, Simone Benassi, a iniciativa atualiza e aprofunda pesquisa realizada há cerca de 10 anos (o projeto Balcar, realizado em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia). Por suas características, o reservatório de Itaipu é considerado de baixas emissões na comparação com outras hidrelétricas. E, levando em conta o sequestro de carbono realizado pelas áreas protegidas adjacentes, Itaipu tem um balanço positivo, capturando muito mais GEE do que emitindo.

Porém, a pesquisa pretende conhecer a fundo a dinâmica dos GEE no reservatório, especialmente no que diz respeito às interações com microrganismos. O projeto faz parte de um convênio executado pelo Itaipu Parquetec, em parceria com as universidades Estadual de Maringá, Federal de Juiz de Fora, Federal de Alfenas, Federal de São Paulo e Federal do ABC. O investimento é de cerca de R$ 9 milhões e o prazo de execução, de três anos.

Embora produzam eletricidade sem gerar emissões, as hidrelétricas promovem o alagamento de grandes áreas para a formação de reservatórios e isso pode contribuir para a geração de GEE a depender da quantidade de matéria orgânica submersa, temperatura da água, profundidade, microrganismos presentes, entre outros fatores.

As atividades humanas em torno, como a produção de dejetos, agrotóxicos e efluentes industriais, podem ser um fator agravante das emissões por meio do fenômeno da eutrofização (formação de algas). Por isso, a Itaipu desenvolve o programa Itaipu Mais que Energia no território, visando a minimizar a entrada desses dejetos e prolongar a vida útil do reservatório.

“Itaipu é uma empresa comprometida com o enfrentamento das mudanças climáticas. Com essa pesquisa de ponta, a empresa dá uma importante contribuição para o setor hidrelétrico, fornecendo parâmetros e referências para que outras usinas produzam o seu inventário de emissões”, afirmou o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.

A coleta de amostras no reservatório se estende até a próxima sexta-feira (14). A equipe é coordenada pelo professor Gunther Brucha, da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL). Segundo ele, trata-se de uma excelente oportunidade para conhecer a comunidade microbiana envolvidas no ciclo do carbono do reservatório, especificamente os responsáveis pelo consumo aeróbio e anaeróbio (com e sem oxigênio) do gás metano.

“É um estudo pioneiro no Brasil. Além de auxiliar na compreensão da ciclagem de carbono e quantificar emissões, os resultados podem determinar o potencial dos microrganismos em consumir o gás metano. Diversos lagos no mundo determinaram a quantidade do gás metano produzida nos fundos dos reservatórios e consumido na coluna d’água antes de serem emanados. Chegou a vez de levantarmos essas informações no reservatório de Itaipu” afirmou o pesquisador.