Parque do Jordão, ótimo para os dias de sol

O Parque do Rio Jordão é o atrativo para os moradores de Guarapuava nos finais de semana de sol. É a praia daqui. Mas já viveu dias terríveis, como quando o Jordão saiu do seu leito e inundou áreas vizinhas, durante a enchente do ano de 2015.

Ao contrário do que se imagina, o Parque não fica muito distante do centro da cidade (são apenas 7 quilômetros). Muita gente vai de bicicleta ou de moto, mesmo porque bem ao lado, tem uma pista de MotoCross, praticamente escondida. Só o ronco das motos e, às vezes, um motoqueiro que aparece voando no meio do mato, denuncia sua existência.

No caminho encontra, ainda, uma pista de Kart, onde há poucos dias houve um campeonato de nível nacional. Qualquer um pode entrar e ver as corridas, mas ainda falta infraestrutura para quem quer assistir ou locar um carro para se divertir um pouco. Coisa que a diretoria promete pensar para um futuro não muito distante.

Com um leito de rocha pura, em épocas de poucas chuvas como agora, é um lugar perfeito para brincar na água. Mas há riscos, tanto que existem placas alertando sobre a proibição de nadar, mas quase ninguém dá muito atenção para isso.

  • Crianças, jovens e adultos se refrescam nas águas do Jordão. E olha que nem estamos no verão e água deve estar bem gelada.

No caminho é possível encontrar ‘bicicleteiros’ que descem com a brisa no rosto. A subida, porém, é sofrida. Quase todos empurram a bike, porque pedalar é muito difícil. A menos que você esteja em plena forma, claro.

Os motoqueiros com suas vestimentas especiais para o MotoCross podem ser encontrados se refrescando nos bares que existem antes e depois da ponte. É preciso, porém, fazer com que o semáforo na ponte funcione. No domingo, como a passagem dá para apenas um carro, era preciso esperar a boa vontade de alguém de um lado para que a fila do outro lado pudesse atravessar.

Excelente programa para final de semana para aqueles que não possuem suas ‘dachas’ nos alagados. Outro lugar que vamos mostrar em breve aqui, já que a intenção é apontar aos moradores locais, onde se pode fazer turismo dentro da própria cidade. Ou não região!

 

Como chegar

Se você está dentro da cidade, pegue a Rua Saldanha Marinho e vá até o final. Será obrigado a virar a direita. É a rua Vereador Rubem Siqueira Ribas. Você está no caminho certo.

Siga sempre reto que sete quilômetros depois estará atravessando a ponte sobre o Rio Jordão.

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Propostas em tramitação na Assembleia visam melhorar o ambiente escolar para autistas

Os projetos de lei propõem substituir sinais sonoros por sinais musicais e a disponibilização de tampões auriculares para os alunos

Duas propostas que tramitam na Assembleia Legislativa do Paraná buscam visa promover um ambiente acolhedor e inclusivo para alunos com autismo. As proposições apresentadas na Casa pela deputada Flávia Francischini (União) e pelo deputado Jairo Tamura (PL) têm como objetivo substituir sinais sonoros por sinais musicais e disponibilizar tampões auriculares para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas paranaenses.

Apresentado pela deputada Flávia, o projeto de lei 87/2023 prevê que as medidas atinjam, além das escolas públicas, também os estabelecimentos particulares. “É uma medida que visa resguardar o bem-estar de crianças com autismo no ambiente escolar evitando incômodos sensoriais e reduzindo o risco de pânico. O sinal sonoro produz um alto ruído, muito similar ao som de uma sirene, o que pode gerar grande perturbação aos alunos que possuem hipersensibilidade auditiva. Essa condição é comum nos portadores de autismo, motivo pelo qual não é raro vermos crianças tapando os ouvidos quando expostas a barulhos intensos”, comentou a deputada.

Ela explica que o sinal musical também cumpre a função de alarme para indicar as horas de entrada, saída e os intervalos das aulas, mas, que em vez de usarem a sirene, eles podem usar músicas instrumentais, canções infantis e demais ritmos, a depender da escolha das equipes gestoras e da comunidade escolar. O texto também estipula multa no valor de 200 (duzentas) a 500 (quinhentas) Unidades Padrão Fiscal do Estado de Paraná – UPF/PR, a ser graduada de acordo com a gravidade da infração, o porte econômico do infrator, a conduta e o resultado produzido.

Já o projeto de lei 176/2025, apresentado pelo deputado Jairo Tamura, prevê substituir sinais sonoros por sinais musicais e disponibilizar tampões auriculares para as escolas da rede pública estadual. “A medida pode melhorar o desempenho escolar e o bem-estar dos alunos, permitindo que se concentrem nas atividades pedagógicas e interajam socialmente de forma mais eficaz”, afirmou o deputado.

Números

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, indica que cerca de 1 em cada 44  crianças com até 8 anos é diagnosticada com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Abrangendo cerca de 1% a 2% da população mundial. No Brasil, há aproximadamente dois milhões de pessoas com autismo.

Dados do Censo da Educação Básica indicam que houve um crescimento no número de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em salas de aula regulares no Brasil. No Paraná, segundo estes dados, esse aumento foi de 53,3% nas matrículas, o que elevou o total de alunos com autismo de 18.895 para 28.927. Além disso, alunos com autismo frequentemente apresentam hipersensibilidade sensorial, o que significa que são mais sensíveis a estímulos como sons, luzes e texturas. “Sons altos e repentinos, como os sinais sonoros tradicionais, podem causar desconforto, estresse e ansiedade, prejudicando o desempenho escolar e bem-estar destes alunos”, comentou o deputado Tamura.

De acordo com a justificativa da proposta, a maioria das pessoas é capaz de suportar barulhos de até 120 decibéis. Já o limite de quem é hipersensível aos ruídos é de 90 decibéis. Através do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-III), o percentual foi de 53% e de 90% com alteração de sensibilidade para a modalidade auditiva, utilizando o Structured Interview for Assessing Perceptual Anomalies – ChildVersion (SIAPA-CV).

Os sinais sonoros das instituições de ensino públicas e privadas, também conhecidos como sirene ou cigarra eletrônica, podem gerar incômodos sensoriais às pessoas com TEA, devido a sua alta potência e intensidade, que podem ultrapassar facilmente os 110 decibéis. “A substituição de sinais sonoros por sinais musicais adequados e a disponibilização de tampões auriculares podem reduzir o desconforto e o estresse de alunos com TEA, criando um ambiente escolar mais acolhedor e inclusivo”, explicou Tamura. De acordo com o projeto, os tampões deverão ser disponibilizados pela Secretária Estadual de Educação.