Sem cura nem vacina, doença causada pelo vírus é morte quase certa
A MSF afirmou, na terça-feira passada (02) que o mundo está perdendo a batalha contra o Ebola, e pediu que se dê uma resposta biológica mundial que proporcione ajuda e pessoal para a África ocidental.
Ebola, é uma doença contagiosa, sem cura nem vacina, que tem uma taxa de mortalidade de até 90%. O surto está sendo acompanhado de perto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que embora reconheça haver já casos confirmados na Libéria, ressalta que todos eles têm aparentemente origem no sudeste da Guiné Conacri, onde tudo começou, pelo que ainda não se pode considerar uma epidemia.
Já a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta que o surto “não tem precedentes” na forma como os casos estão espalhados por locais com quilômetros de distância entre eles. A doença, de origem viral, tem como sintomas iniciais uma febre alta, de quase 40 graus, fraqueza intensa, fortes dores de cabeça, dores musculares e de garganta, segundo a OMS. Numa fase subsequente surgem os vômitos, a diarreia e, em alguns casos, hemorragias interna e externa.
A febre hemorrágica de ebola, uma das doenças mais mortíferas para o homem, transmite-se os humanos através de contacto com animais infetados, incluindo chimpanzés, morcegos e antílopes, e espalha-se entre humanos através do contacto com sangue, saliva ou outros fluídos corporais infetados, bem como com ambientes contaminados.
Paraná
O Estado está preparado para atender possíveis pacientes com vírus Ebola. É o que garante a secretaria de Saúde do Estado. Sete hospitais do Paraná foram definidos como referência. As instituições ficam nas maiores cidades do estado. Dois hospitais são referência em Curitiba: o Hospital do Trabalhador e o Hospital de Clínicas.
De acordo com o superintendente de vigilância em saúde no Paraná, Sezifredo Paz, se o vírus chegar ao Paraná pode ter apenas casos importados e a doença não deve se espalhar.
O Paraná deve ter cuidado ainda maior devido a entrada de estrangeiros também pela tríplice fronteira e pelo porto de Paranaguá.
Guarapuava
Em nota, o secretário Municipal de Saúde, Stefan Wolanski Negrão, disse que a cidade está preparada para atender uma eventual disseminação da doença. De acordo com o secretário, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (01 médico e 02 enfermeiros) participaram, no final de agosto, em Curitiba, de um seminário para o estabelecimento de fluxos de atendimento a possíveis suspeitos do Ebola.
As SCIH [que trabalham no controle de infecção hospitalar] dos hospitais do município estão orientados quanto aos protocolos e estamos todos em alerta. Os casos confirmados serão deslocados para o Rio de Janeiro, via SAMU, onde terão atendimento nos hospitais credenciados à Fiocruz, os quais foram estabelecidos pelo Ministério da Saúde para referência de atendimento a esses pacientes, diz Negrão.
A febre hemorrágica de ebola, uma das doenças mais mortíferas para o homem, transmite-se por meio de contacto com animais infetados, incluindo chimpanzés, morcegos. A transmissão do vírus Ebola ocorre após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos infectados (incluindo cadáveres) ou do contato com superfícies e objetos contaminados. Portanto os usos de EPI (Equipamento de Proteção Individual) são essenciais, diante de um caso suspeito.
Até agora quase dois mil casos foram registrados e aproximadamente 1000 pessoas morreram por causa do Ebola em países africanos.
Em casos de suspeita de Ebola a pessoa pode entrar em contato com a Secretaria de Estado da Saúde pelo telefone 0800-643-8484.