Equipe compartilha experiência e força para a superação do Câncer de mama
Foto: Luca Soares/Extra
Amigas do Peito é um grupo formado pelas funcionárias do setor de Oncologia do Hospital São Vicente.
É composto por uma equipe multidisciplinar, com duas enfermeiras (Elaine Ramos e Denise Dambroski), uma assistente social (Ligia Spira), uma nutricionista (Lindsay Antunes) e uma psicóloga (Elaine Silva).
Criado em abril de 2011, nasceu para dar apoio às mulheres vítimas da doença. Elas chegam aqui, muitas vezes, desesperadas e o grupo é para mostrar que a gente está junta e que elas vão vencer, diz Ligia Spira – assistente social.
Segundo a psicóloga, Elaine Silva, o grupo foi criado com o objetivo de trocar experiências. Para ela, todo o processo pelo qual elas passam, são fatores que mexem muito com o psicológico. Isso provoca uma dificuldade no enfrentamento da doença e do tratamento. Eu penso que com o grupo de apoio, com essa troca de experiência, cada uma dividindo o que passou as dificuldades, as vitórias que cada uma conquistou, isso tudo fortalece a pessoa, e é isso que a gente percebe no nosso grupo, diz Elaine.
O grupo oferece dança, fisioterapia, educação física, nutrição, entre outras atividades. De acordo com Spira, o trabalho é desenvolvido, com as pacientes, desde o diagnóstico até a cura. Esse grupo veio para dar apoio, nesse momento da doença, para a paciente e para a família. Muitas vezes, a paciente recebe o diagnóstico e não tem o apoio nem da família.
É uma lição de vida, a gente tá presente com elas desde o diagnóstico, na quimioterapia, na cirurgia, radioterapia, acrescenta a assistente social.
No inicio o grupo trabalhava com apenas duas pacientes. Hoje, o número de participantes é em torno de 20 a 30 pessoas. As pacientes, no momento da quimioterapia, contam uma para a outra e o grupo vai aumentando e fortalecendo. Elas se alegram de vir aqui. É um momento de aprendizagem, de amizade. Uma troca de informação. Cada dia esse grupo tá fortalecendo mais com elas, diz Spira.
O trabalho das Amigas do Peito contribui com a autoestima das pacientes e, por criar um círculo de amizade, as impulsiona a superar a doença com o incentivo daquelas que já superaram. Edite de Lima, comerciária, que está desde o inicio no grupo, é uma dessas pacientes.
(foto: Luca Soares/Extra) Edite de Lima participa do grupo desde o início
Ela já se tornou uma referência para as demais. Pra mim é muito gratificante, porque a gente se sente feliz. Ajuda muito. Sem elas seria mais difícil o tratamento, conta. A paciente é, hoje, um exemplo a ser seguido.
Sabendo da sua importância, durante os três anos, de existência do grupo, nunca perdeu um encontro. Desde a primeira vez, não faltei nenhum e gosto muito. Deixo de tudo. Largo das outras coisas pra vir aqui, diz a orgulhosa amiga do peito.
O trabalho do grupo não para com a cura da doença. As Amigas do Peito continuam a dar apoio, às mulheres, depois da alta hospitalar. Mesmo após a alta do tratamento, elas vão continuara fazendo um acompanhamento pra voltar a sua rotina, porque algumas dificuldades, às vezes, permanecem e elas precisam desse apoio pra conseguir superar isso e seguir sua vida normal, diz Silva.