Estiagem: Comunidades do interior afetadas recebem água potável

A estiagem, nos últimos meses, atingiu diversas localidades no interior de Guarapuava, com isso, muitas famílias perderam a principal fonte de água das propriedades. Desde a semana passada, as Secretarias de Agricultura e de Assistência e Desenvolvimento Social, por meio da Defesa Civil, estão mobilizadas para fornecer água potável às famílias afetadas pela falta de chuva. As primeiras a receberem o auxílio foram as comunidades Rosa e Bananas, no distrito do Guará. 

A chegada do caminhão pipa nas residências ameniza a situação nas propriedades. Dona Helena Pedroso de Siqueira, 63 anos, vive há dezessete anos na comunidade Rosa e conta que a falta de chuva fez a família dar mais importância à água.

“Quando a gente vê o caminhão chegando é uma benção. Porque a água é tudo, não vivemos sem, por isso valorizamos tanto, cuidamos para não desperdiçar nada, economizamos de todas as formas, quando lavamos a roupa utilizamos da mesma água para limpar a casa e assim por diante”, contou a agricultora.

Para o secretário de Agricultura, Itacir Vezzaro, a situação de seca é um reflexo da estiagem bastante severa que vem atingindo também outras áreas, como a pecuária e a agricultura.

“Muitas famílias realmente estão com dificuldade de abastecer suas propriedades, então a gente entende que o poder público, neste momento emergencial, precisa estar prestando esse auxílio a essas comunidades, porque água é tudo dentro de uma propriedade tanto para o consumo e também para os animais”, enfatizou o secretário.

Ainda na semana passada, as equipes estiveram percorrendo as localidades para fazer a análise da situação e receber as solicitações de abastecimento. Depois, em parceria com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e o Município de Turvo, que cedeu um caminhão pipa para o transporte da água, as famílias começaram a receber água potável.

O Secretário de agricultura ainda reforça que essa ação é um trabalho emergencial, pois a pasta trabalha no projeto de abastecimento de água às comunidades rurais com a construção de poços artesianos e preservação de fontes.

“Estamos trabalhando nesse projeto que tem dois focos, o primeiro deles é quando as propriedades da comunidade tem uma fonte de água importante para nós fazermos a proteção e a preservação. Já quando não há outra saída, o Município e o Estado, em uma parceria com a SANEPAR, vão fazer a perfuração de poços artesianos. Já começamos a elaboração dos planos de trabalho do sistema de tratamento e da rede de distribuição para essas famílias da comunidade”, explicou.

Durante a ação, já foram distribuídos mais de 20 mil litros de água para cerca de 15 propriedades. As equipes ainda trabalham na análise de outras localidades do interior afetadas pela seca, como as de Banhados, no distrito de Entre Rios, e de Mato Dentro, no Guairacá.

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Workshop com nutricionista na Itaipu ensina refeições práticas e saudáveis

Empregados e estagiários colocaram a mão na massa e aprenderam sobre a saúde e o impacto de suas escolhas

O que você costuma consumir no trabalho? Come mais industrializados ou alimentos frescos? Essas reflexões sobre saúde e nutrição fizeram parte do workshop “Como planejar a alimentação no dia a dia”, realizado na última sexta-feira (28). A nutricionista Cínthia Correa ensinou empregados e estagiários da Itaipu a preparar lanches práticos e nutritivos. A ação foi organizada pelo Programa de Alimentação Saudável do Reviver em parceria com o Programa de Educação Ambiental Corporativa da Itaipu Binacional.

“O intuito é apoiar empregados e estagiários a realizarem melhores escolhas. Planejar a alimentação é um hábito essencial para se cuidar da saúde, melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças”, explicou Denise Peres, coordenadora do Programa Reviver.

Nutricionista, Cínthia Correa (Foto Sara Cheida/Itaipu Binacional)

Ao todo, 90 colaboradores participaram da oficina. Divididos em grupos, empregados e estagiários prepararam nove receitas que não requerem habilidades culinárias, como crepioca, panqueca doce e guacamole.

“As pessoas passam um terço dos seus dias no trabalho. Por isso, buscamos estimular que elas adquiram o hábito de se alimentar melhor nesse período, trazendo de casa lanches mais nutritivos”, disse a nutricionista Cínthia Correa. E completou: “comer é um ato político”.

A coordenadora do Programa de Educação Ambiental Corporativa, Fabiane Colling, concorda. Ela lembra que as escolhas que as pessoas fazem no momento de planejar as refeições geram impacto sobre o meio ambiente, a economia e a sociedade.

“Se você compra de um grande mercado ou do pequeno produtor, da agricultura familiar, está fazendo escolhas em relação a determinadas formas de cultivo, a manejo de água e solo, desmatamento, quantidade de agrotóxicos etc. Por isso, queremos com essa ação fomentar melhores escolhas”.

Receitas variadas

Namir Barros, que trabalha na Divisão de Tecnologia de Materiais, aprendeu a preparar guacamole. “Tenho muito interesse pela alimentação saudável. A minha esposa é nutricionista e aprendo muito com ela, mas sempre há espaço para novos conhecimentos”, comentou.

“Durante minha infância, meus pais não tinham tanta informação, tomávamos refrigerantes e consumíamos muitos produtos industrializados. Hoje, procuro me alimentar bem, e já percebi melhora na minha saúde e na qualidade de vida”.

Tamires Razente, estagiária da Divisão de Sistematização da Manutenção, escolheu o preparo da panqueca de banana com cacau.

“Gostei muito das receitas. São interessantes, dá vontade de fazer. No dia a dia, tento me alimentar de forma saudável, mas na correria acabo optando por algo mais rápido que nem sempre é mais saudável”, afirmou. No workshop ela aprendeu que pode continuar optando pelo mais rápido, já que as receitas ensinadas podem ser preparadas para toda a família em um tempo médio de 20 minutos.

Solange Brol, da Divisão de Administração de Benefícios, diz que está sempre em busca de informações sobre a alimentação saudável. “

Sempre pesquiso novas receitas, tanto para levar ao trabalho quanto para minha casa, porque tenho um filho de sete anos e quero estimular hábitos saudáveis nele”, disse. Todos os dias, ela utiliza a marmita distribuída pela Itaipu a empregados e estagiários, feita em fibra de bambu e trigo, para levar ao trabalho o lanche e almoço que prepara em casa.