Com a família formada e encerrada sua carreira como atleta e ciente de suas obrigações familiares tomou um novo rumo na sua vida, Edgard agora já conhecido pelo apelido de Charuto dado pelo seu amigo, Nino Ribas em referência ao formato de seu corpo semelhante ao charuto que costumava fumar. Edgard pensando numa estabilidade começou a trabalhar desempenhando função de radialista em várias emissoras da cidade: Difusora, Atalaia, Cultura e Cacique. Simultaneamente a tarefa de comunicador realizava as funções de Despachante Oficial de Trânsito, sendo também proprietário do Jornal A Voz do Pinhão, que teve quinze anos em circulação ininterrupta. Foi Juiz de Paz por mais de vinte anos, participou ativamente como político exercendo o mandato de vereador de 1982 a 1988. Reconhecidamente um grande cristão, foi fundador e coordenador da Equipe Diocesana Levando Otimismo ao Interior (EDILOI), na década de 70 e 80. Sempre cauteloso e analítico em seus deveres como profissional, mas seu coração era de um entusiasta, pois sempre teve uma visão positiva da vida. Pelos seus trabalhos em prol da comunidade recebeu com justiça várias medalhas e condecorações sendo agraciado pela Câmara Municipal com o título de Cidadão Honorário de Guarapuava em 1991.
A vida continuava e já com idade avançada Edgard não parava com suas atividades. Até que foi acometido por uma doença que o impossibilitou de trabalhar. E neste domingo (25/05), recebo a notícia que DEUS o levou. Tristeza a sua perda para os amigos e familiares, mas deixou uma lição de vida que posso relatar nas palavras de seu filho Edmar Lippmann que herdou o apelido do pai dizendo com grande emoção: Meu Pai foi um exemplo, nos mostrou a mim e meus irmãos o que é certo na vida, ensinou a conservar os olhos fixos no lado positivo que a vida nos oferece. Este era Edgard Antônio Lippmann como diria um grande descobridor, continuar navegando, navegando, pois continuar navegando e perseverar são sulcar as águas quando outros já ancoraram. Perseverar é continuar remando e suando a camisa quando os outros já abaixaram o remo no fundo do barco e deixaram de navegar. Ele remou até onde pode suportar, Edgard Lippman aproveitou até a última brisa. Este era o Charuto, um incansável que foi e será lembrado como um inesquecível cidadão guarapuavano.