Sobre o primeiro assunto, voltado ao torcedor de Guarapuava, as expectativas são as melhores possíveis. O novo elenco do CAD provou, no primeiro semestre, que tem 'bala na agulha' para encarar qualquer competição, seja em nível estadual ou em nível nacional. O empate em 3×3 com o Floripa Futsal, em sua estreia, com dois jogadores expulsos no decorrer do jogo, já é uma prova de que, até o final da competição, a torcida guarapuavana poderá fechar o ano com ótimas notícias na Liga Futsal e também no Paranaense.
Para quem ainda não está bem por dentro da competição nacional, a fórmula é a seguinte: 19 equipes jogam entre si, classificando 16 para a segunda fase. São formados 4 grupos de 4 equipes e dois times de cada chave passa para os mata-matas (quartas-de-final). Os vencedores fazem a semifinal e os dois melhores decidem o título. Segundo o que informou a diretoria do CAD no início do ano, o objetivo é chegar até a fase de play-offs e ficar entre os oito melhores do país.
É um objetivo ambicioso, com certeza, mas com muito trabalho e um pouco de sorte (dependendo principalmente da formação dos grupos na segunda fase) é possível chegar lá. Hoje podemos dizer que temos cinco equipes favoritas, que devem brigar por título: a Intelli/Orlândia-SP (atual bi-campeã da Liga), o Corinthians-SP (que conta com Neto, retornando ao país), Carlos Barbosa-RS (que agora é comandado pelo técnico Marquinhos Xavier), Krona/Joinville-SC (que segue com uma estrutura muito forte, como no ano passado) e o Brasil Kirin/Sorocaba-SP (nova equipe do ala Falcão). Assim, se imaginarmos que estas cinco equipes deverão chegar aos play-offs, sobrariam três vagas ou, dependendo dos cruzamentos, quatro vagas na fase de quartas-de-final.
Entre as outras equipes que devem brigar diretamente com Guarapuava para chegar entre os oito melhores, seja por tradição ou pelo momento que vivem, estão, pelo menos mais cinco clubes: a Copagril/Marechal Cândido Rondon-PR, o Jaraguá Futsal-SC, Concórdia Futsal-SC, o Minas-MG e Atlântico-RS.
Isso sem contar as surpresas que podem acontecer. Completam a lista de equipes da Liga deste ano Assoeva-RS, São Paulo FC, Umuarama-PR, Floripa-SP, Blumenau-SC, São Bernardo-SP, Cabo Frio-RJ e Green Team-DF. Os quatro primeiros já têm grande experiência na disputa da Liga. Os outros quatro ainda não possuem muita tradição, mas é preciso cautela, mesmo com os 'azarões'. O Corinthians que o diga, pois em sua estreia, no ginásio do Parque São Jorge, em São Paulo, empatou em 1×1 com o estreante Blumenau-SC.
Mas voltando ao segundo assunto desta semana, sobre a volta de Dunga como técnico da Seleção, o que decepcionou nem foi tanto o nome em si (apesar do clamor popular por Tite ou, até mesmo, por um técnico estrangeiro), mas a manutenção da mesma diretoria comandada por Marin e Del Nero. Apesar dos novos nomes, não dá para acreditar que alguma mudança significativa vá acontecer, que algo realmente vai ser diferente dos últimos anos.
Quando o Brasil sofreu o vexatório 7×1 pela Alemanha, na última Copa, a esperança não era só de mudança na comissão técnica, mas de uma mudança profunda no futebol brasileiro. Infelizmente, a volta de Dunga e a chegada de Gilmar Rinaldi (ex-agenciador de atletas, diga-se de passagem) pouco pode contribuir para uma mudança drástica na Seleção ou nas estruturas do futebol nacional.
Uma reforma mais profunda, como aconteceu na CBFS (Confederação Brasileira de Futsal) é bem mais difícil de acontecer. Hoje é possível dizer que o futebol e o futsal vivem momentos completamente opostos. Enquanto na CBFS o clima é de otimismo, com a criação da Liga Futsal independente e com uma nova diretoria, prometendo não repetir os erros do passado, a CBF dá toda a 'pinta' de que teremos apenas 'mais do mesmo' nos próximos capítulos