Dia da Menopausa: pesquisa revela que mulheres não conhecem associação entre climatério e incontinência urinária

Estudo encomendado pela marca da Essity indica que menopausa e perdas involuntárias de xixi estão relacionados ao tabu do envelhecimento

A fase da menopausa é um período marcado por mudanças hormonais e físicas na vida da mulher, com impactos na saúde e bem-estar, e cercado por estigmas e desinformação. Em um estudo encomendado por TENA, marca número 1 mundial em incontinência urinária adulta, foi revelado que o público feminino não conhece a associação entre o climatério e a incontinência urinária e que ambos os assuntos são relacionados ao tabu do envelhecimento. No Dia Mundial da Menopausa, 18 de outubro, a marca que faz parte da companhia sueca Essity, líder global em higiene e saúde, destaca a importância de discutir abertamente a saúde feminina.

A pesquisa qualitativa “Menopausa, Incontinência Urinária e Longevidade”, realizada por demanda de TENA e desenvolvida pelo Data8, com consultoria da No Pausa, indica que: embora a incontinência urinária esteja entre os mais de 34 sintomas da menopausa, ela ainda é discutida com frequência inferior à sua ocorrência. Segundo o levantamento, o assunto não surge espontaneamente entre mulheres, inclusive em conversas com profissionais de saúde — apenas quando revelado que aproximadamente 1/3 das mulheres com 45 anos possuem escapes, é que algumas se soltam, se abrem mais e falam sobre o assunto.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa, apresentam perdas involuntárias de xixi em diferentes volumes. “A menopausa é uma fase de transição que traz mudanças significativas no corpo, incluindo a saúde do trato urinário”, explica a médica ginecologista Joele Lerípio. “É importante que as mulheres busquem informações e apoio de um profissional de saúde para lidar com esses sintomas”, orienta.

Como explica a especialista, a menopausa geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos e é marcada pela diminuição dos níveis de estrogênio, o que resulta em diversos efeitos no organismo. A incontinência urinária, que pode estar presente nesse processo, não é uma condição inevitável e pode ser tratada. “Há várias abordagens eficazes, desde exercícios pélvicos, como o Kegel e o pompoarismo, até tratamentos médicos que ajudam a controlar os gotejamentos espontâneos”, afirma a profissional.

“Muitas vezes, há um desconhecimento a respeito desse tema, porque as pessoas tendem a acreditar que perda de xixi é normal, então que não veem a necessidade em citar isso em consultas ou mesmo cuidar desse aspecto. Queremos romper barreiras e falar sobre esses assuntos presente na vida de tantas mulheres, mas que ainda são tratados como tabus ou estão com carentes de informações”, afirma Carla Girólomo, Gerente de Marketing de TENA.

“Nosso objetivo é aprimorar a qualidade de vida por meio de soluções e serviços que promovam o bem-estar. Também é preciso lembrar que, em muitos casos, a incontinência urinária tem tratamento, de acordo com orientação médica. Enquanto a cura não acontece, as mulheres na menopausa podem encontrar alívio para os sintomas e continuar vivendo suas rotinas com conforto e confiança por meio de produtos específicos para os escapes de xixi”, completa a executiva.

Menoguia

Em alusão ao Dia Mundial da Menopausa, a Essity, líder global em higiene e saúde, lançou o glossário “Menoguia”, que tem o objetivo de educar, promover o diálogo e difundir conhecimento sobre o assunto, com informações livre de tabus. O material, desenvolvido em 2023, apresenta tópicos aconselháveis e não aconselháveis na abordagem sobre o tema:

Aconselhável

• Comece a falar sobre o climatério.

• Mencione cada fase do climatério pelo seu nome: perimenopausa, menopausa, pós-menopausa.

• O climatério é uma fase/etapa.

• Informe-se com profissionais de saúde e especializados no assunto: o profissional de saúde indicado é o ginecologista. Há também especialistas em climatério/menopausa.

• Inclusa outros tipos de menopausa no discurso: primária, precoce, cirúrgica, induzida, etc.

• Acontece com todas as pessoas que nascem com ovários, independentemente de raça, religião, nacionalidade, cultura ou mesmo identidade de gênero.

• Ao escolher imagens para comunicar, reflita diversidade de idades, corpos, rostos, gêneros, raças que representam a “mulher na menopausa”.

• Desconstrua (repense) os estereótipos.

• Cada corpo é único, as experiências são diversas. A fase do climatério não é boa nem ruim. Cada experiência é única.

• Considere que o climatério é outra fase da vida dentro da biografia menstrual, e não uma doença.

• Empatia.

Não Aconselhável

• Confundir conceitos: menopausa, climatério, pré-menopausa, perimenopausa, pós-menopausa.

• Dar voz a profissionais de saúde não capacitados no tema.

• Dar a entender que só existe um tipo de menopausa e são todas similares.

• Só acontece com mulheres.

• Cair no estereótipo do que é uma “mulher na menopausa”: rugas, expressões tristes e solitárias, cabelos brancos e curtos. Essas imagens NÃO representam uma mulher na faixa dos 40/50 anos.

• Cair em lugares comuns que perpetuam estereótipos: “ela não parece estar na menopausa!”, “tão nova”, “não parece a idade que tem”.

• Rotular a menopausa como “alívio da menstruação” ou uma tragédia. Subestimar ou superestimar as “jornadas de dor” das pessoas que estão atravessando esta etapa. Elas podem, ou não, existir.

• Patologizar o climatério/menopausa.

• Usar expressões como “Não é tão complicado assim”; “ninguém morre de menopausa”; “tudo vai ficar bem”.

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