Dados da Copel mostram retomada econômica no Paraná

Os paranaenses consumiram 8% mais energia no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2020, alcançando 7.728 GWh (gigawatt-hora) entre julho e setembro de 2021. Esses dados reafirmam a forte retomada econômica no Paraná, impulsionada especialmente pelos segmentos industrial e comercial, segundo o relatório da área financeira da Copel divulgado nesta sexta-feira (22).

O terceiro trimestre confirma um movimento que vinha do primeiro semestre. Nos nove primeiros meses do ano, o aumento foi de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 23.719 GWh de energia comercializada.

Este é o resultado do chamado “mercado fio” da Copel, que inclui tanto a energia fornecida a consumidores cativos atendidos pela Copel Distribuição, quanto consumidores livres – empresas com demanda maior que 500 kW (kilowatts) que optam por deixar o mercado regulado para negociar a compra de energia no ambiente livre.

A maior alta na venda de energia foi observada nos setores industrial e comercial, entre os clientes do mercado livre, ou seja, empresas de maior porte. O consumo de energia neste segmento subiu 17% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2020. Ao longo dos primeiros nove meses de 2021, o crescimento foi de 18,9%, em relação ao mesmo período do ano passado.

No mercado cativo da Copel, o consumo de energia aumentou 3,4% na comparação entre o terceiro trimestre de 2021 e o de 2020. A principal alta, neste caso, foi do setor comercial, que elevou o consumo de energia entre os dois períodos em 5%. O setor industrial, no mercado cativo, apresentou alta de 0,2% no mesmo período. O segmento residencial aumentou em 3,3% e o rural, 2%.

total de energia vendida no mercado cativo, a classe comercial comprou 20,8%. Isso é reflexo da retomada gradual da atividade comercial, especialmente nos setores varejista e de alimentação, por conta dos resultados da vacinação contra a Covid-19 no Paraná.

Esta classe possui cerca de 419.800 clientes no Estado e consumiu 954 GWh no terceiro trimestre deste ano. Já o segmento industrial do mercado cativo representou 12,5% do consumo total de energia do trimestre.

A Copel possui 4 milhões de consumidores residenciais (de um total de cerca de 4,9 milhões de clientes). Esse segmento representou 42,2% do total do consumo de energia do mercado cativo da Copel no terceiro trimestre de 2021. O consumo médio mensal dos clientes residenciais teve alta de 0,3% nos últimos três meses, em relação ao mesmo período de 2020, alcançando 161 kWh/mês por unidade consumidora, em média.

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Comércio do Paraná tem o maior crescimento da região Sul em janeiro

Resultado é em relação a dezembro de 2024. Índice é quase o dobro da média nacional ( 2,3%) e o quinto melhor resultado do País, segundo o IBGE

O comércio varejista paranaense cresceu 4,3% em janeiro de 2025 em comparação com o mês de dezembro de 2024. É a maior alta entre os estados do Sul do Brasil e o quinto melhor resultado do País. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento paranaense no período também é quase o dobro da média nacional no período, que foi de 2,3%. Na comparação com os estados da mesma região, a alta paranaense foi maior que os crescimentos de Rio Grande do Sul (3,9%) e Santa Catarina (2,2%). Em relação ao restante do País, somente Amapá (13,5%), Tocantins (10,2%), Mato Grosso (5,5%) e Pará (4,8%) tiveram crescimentos maiores do que o Paraná.

Estados como São Paulo (4,2%), Rio de Janeiro (1,9%) e Minas Gerais (1%) tiveram variação menor. O índice leva em conta o comércio varejista ampliado, categoria que engloba todos os segmentos do varejo tradicional, além da construção civil, setor automobilístico e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo.

Outros Recortes – O comércio paranaense registra crescimento  também em outros recortes da pesquisa, atestando a solidez do setor no Estado. Na comparação com janeiro de 2024, o Paraná teve crescimento de 4,2%, enquanto o Brasil teve alta de 2,2%. Já na variação acumulada em 12 meses, o volume de vendas do Estado teve alta de 5,2%, enquanto o crescimento médio nacional foi de 3,8%.

Receita – A pesquisa também apontou que a receita das vendas do comércio no Paraná cresceu 2,5% em janeiro de 2025 em comparação com o mês imediatamente anterior. A média nacional foi de 1,7% de aumento.

Na comparação com janeiro de 2024, o crescimento paranaense foi de 7,9%, acima da média brasileira de 6,8%. No acumulado em 12 meses, a alta na receita nominal dos varejistas do Paraná foi de 8,1%, enquanto o Brasil registrou aumento de 7,4%.

Segmentos – O levantamento ainda mostra os resultados por segmentos comerciais nas comparações entre janeiro de 2025 e janeiro de 2024 e o desempenho acumulado deles ao longo dos últimos 12 meses.

No crescimento comparado entre janeiro de 2025 com o mesmo mês em 2024, a atividade com maior crescimento no Paraná foi a de móveis e eletrodomésticos, com alta de 19,4%, seguido pelas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, com 10,2%.

Também apresentaram alta no volume de vendas os segmentos de materiais de construção (7,2%), tecidos, vestuário e calçados (7%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,2%) e combustíveis e lubrificantes (3,8%).

No crescimento acumulado em 12 meses, os maiores crescimentos foram nos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças (17,7%), móveis e eletrodomésticos (16,1%), materiais de construção (13,7%) e artigos de uso pessoal e doméstico (7,2%).

Pesquisa – A PMC acompanha o comportamento conjuntural do comércio varejista no país com indicadores de volume de vendas e de receita das empresas do setor com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Os dados completos podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE