Em 2018, a secretaria Estadual de Saúde do Paraná registrou 3.144 acidentes no Estado envolvendo escorpião, inseto altamente peçonhento. A maior parte dos acidentes ocorreu no norte, oeste e noroeste do Estado. As cidades de Maringá (762 casos) e Paranavaí (518) lideram os índices de ataques por escorpião no ano passado. Entre janeiro e fevereiro de 2019, já foram registrados outros 175 casos no Paraná.
Todas as espécies de escorpiões podem causar acidentes. No entanto, a maior parte das ocorrências registrava o escorpião amarelo (foto), um dos mais venenosos. O aumento de ataques pode ser explicado por dois fatores: trata-se de um animal com grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes, principalmente nas grandes cidades e espaços urbanos e também pelo fato de o escorpião não precisar de um casal para se reproduzir, bastando uma única fêmea para gerar filhotes.
PREVENÇÃO
Para evitar a proliferação de escorpiões nas residências, valem os mesmos cuidados para outros insetos peçonhentos, eliminar os chamados “4 A’s”: abrigo, acesso a este abrigo, alimento e água. Ou seja, manter os locais e cômodos da casa limpos, principalmente em residências com quintal, remover entulhos e sobras de construção, fechar frestas, colocar telas nos ralos e nas janelas, e, principalmente, não deixar lixo acumulado, o que atrai não só escorpiões mas também baratas, que são o principal alimento do escorpião.
CUIDADOS
Em caso de uma picada envolvendo um escorpião, deve-se procurar imediatamente a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) mais próxima, principalmente se tratando de crianças, principais vítimas fatais de ataques de escorpiões.
A picada de um escorpião causa dor imediata, acompanhada de adormecimento e vermelhidão do local e suor. Tremores, náuseas, vômitos, salivação excessiva e outros sintomas mais graves também podem se manifestar e, em alguns casos, levar o indivíduo à morte.