OMS esclarece sobre o uso da máscara cirúrgica

À medida que se confirmam novos casos e mortes no Brasil por causa do novo coronavírus, alguns itens até então ignorados por boa parte da população ganharam reconhecimento e fama. É o caso do álcool em gel e das máscaras cirúrgicas descartáveis. Porém, enquanto a importância do primeiro é incontestável, a necessidade do segundo é relativa. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no momento, não existe nenhuma recomendação para que as pessoas usem máscaras como medida de prevenção contra o novo coronavírus. Usar máscara no transporte público, na rua, no escritório ou em qualquer lugar aberto não é recomendado por alguns motivos, segundo a organização.

Primeiro, porque depois de 2 horas utilizando a máscara, a eficiência dela começa a diminuir. Após 4 horas, essa eficiência cai muito. Muitas vezes a pessoa fica o dia inteiro com o acessório, tendo a falsa sensação de que está protegido, e pode até acabar se descuidando de outras medidas de segurança que realmente fazem diferença (como lavar as mãos com frequência). Outro motivo é que se todo mundo usar máscara sempre que sair de casa, vai faltar para quem realmente precisa. Já existem diversos relatos de farmácias sem estoque do produto, ou do item, quando encontrado, sendo vendido a preços absurdos.

Quem deve usar – Quem realmente precisa usar a máscara são os profissionais de saúde (que estão vulneráveis em contato com pessoas doentes todos os dias e trabalhando em postos que farão muita falta neste momento de crise) e as pessoas que estão com sintomas de infecção pelo novo coronavírus, como tosse e dor de garganta, mesmo que não haja confirmação do diagnóstico. Nesses casos, a máscara pode ser útil porque diminui a dispersão de fluidos que podem conter o vírus.

Outra indicação, segundo a OMS, é para indivíduos que ficam no mesmo cômodo de alguém com confirmação da enfermidade. Assim, o risco de infecção cai. Importante lembrar que para pacientes que apresentam somente sintomas leves, sem falta de ar, e que não fazem parte dos grupos de risco (maiores de 60 anos, portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão e imunodeprimidos), o mais indicado é ficar em casa, em isolamento, para diminuir o risco de disseminação.

Lembrando, também, que dentro de casa, é preciso manter o distanciamento. Cada um deve ficar em um cômodo. Se não for possível, o certo é ter dois metros de distância entre os moradores, como recomenda a OMS.

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