Neste sábado, Guarapuava aplicou mais de três mil vacinas contra a Covid-19

Neste sábado (10), foram aplicadas 3129 vacinas contra a Covid-19, o maior número, segundo a prefeitura, de aplicações desde que a campanha Guarapuava Imunizada começou, em 19 de janeiro.

Hoje, foram atendidos além da faixa etária de 36 anos mais, também os demais grupos já chamados. O último recorde de vacinados ocorreu no dia no dia 03 de julho com 2997 doses aplicadas.

A expectativa é para que que, na medida que as faixas etárias vão baixando, o número de grupos vacinados chegue em breve a novos recordes e com mais frequência.

Este trabalho tem um batalhão de pessoas responsável por esta história bonita que Guarapuava conta nestes sete meses de vacinação.

É o emprenho do grupo de profissionais da saúde que têm trabalhado incessantemente na vacinação neste semestre inteiro.

Conheça alguns dos profissionais

Ivani, Alexandra, Thaís, Arthur: esses são alguns nomes dentre tantos profissionais por trás da campanha Guarapuava Imunizada. Pessoas que saem das suas casas todas as manhãs cumprindo o juramento profissional de prestar serviço à humanidade. Em Guarapuava, além dos enfermeiros formados, os estudantes também desempenham um papel fundamental na vacinação.

Arthur Araújo, de 22 anos, ingressou no curso de enfermagem em 2018 na Unicentro. Agora, no 4º ano de faculdade, atua desde março na vacinação municipal. O jovem relatou que toda sua família foi contaminada pelo vírus, e sua avó acabou falecendo em de dezembro do ano passado.

“Infelizmente, tive essa perda, foi muito doloroso. Mas o que me conforta é saber que estou fazendo a diferença na vida de tanta gente no combate a esse vírus. Quando entrei no curso, sabia que conseguiria fazer a diferença na vida das pessoas, mas não achei que seria em um momento tão significativo como agora, numa pandemia mundial”, contou Arthur.

Alexandra Madureira, Mestre em Enfermagem pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande, trabalha na área há 22 anos, é professora de Arthur e de mais de 100 acadêmicos que atuam na vacinação.

Em 2020, coordenou um projeto junto à universidade, que direcionava profissionais, técnicos e auxiliares para dar suporte em diversos ciclos da 5ª regional da Saúde, inclusive em Guarapuava. Para ela, apesar de ser um momento que ninguém esperava vivenciar, a urgência de soluções trouxe avanços tecnológicos de extrema importância na área da saúde.

“Nós como enfermeiras, os alunos, como futuros enfermeiros, cumprimos nosso papel aqui. A gente vem para cá todos os dias para colaborar como voluntários. Para fazer tudo isso acontecer, junto com todas as equipes, em parceria com outras instituições de ensino, com a Secretaria de Saúde. Quando estamos aqui, para ajudar, somos um só.

É um momento que a gente não consegue admitir um profissional da área da saúde não participar de um momento como este, com essa necessidade de colaboração de todos, numa campanha que envolve o mundo todo”, destacou a professora.

Além da vacinação, muitos desses profissionais atuam também nos hospitais, UPAs e UBS’s. É o caso de Thaís da Rocha, de 28 anos, que trabalha na UPA do Batel, Primavera e Trianon.

“Eu não tive nenhuma perda próxima, de amigos, familiares. Mas perdi vários pacientes quando estava trabalhando em ambiente hospitalar, nem todos a gente conseguia salvar. E é igualmente doloroso, como perder alguém próximo, é difícil ver as pessoas sofrendo e em muitos casos terminando com a morte. Cada dose que a gente aplica aqui, é um alento para o coração, porque sabemos que as pessoas estarão protegidas”, frisou.

Ivani Kuster é a enfermeira responsável por coordenar todos os profissionais da vacinação em Guarapuava. Ela destacou que o momento é de reconhecer a enfermagem, profissão que exige dedicação e entrega.

“Apesar da carga horária de serviço árdua, todos se sentem felizes por poder contribuir. Em um momento que mudou tanto nossas vidas, o dia a dia dos profissionais da saúde se transformou radicalmente.

Mas sinto que aqui todos se dedicam e são felizes por poder ajudar, por poder cumprir seu papel tão importante numa das maiores crises sanitárias que o mundo moderno viveu até aqui”, concluiu.

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