Neste ano, Paraná já vacinou mais crianças que no ano passado

Em 2024, de acordo com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde, nove vacinas aplicadas até o segundo ano de vida das crianças já superaram os números do ano passado em todo o país. No Paraná, houve um aumento na cobertura vacinal em sete dos 16 imunizantes do calendário de vacinação infantil. Destaca-se a vacina contra a hepatite B (<30), cuja cobertura subiu de 83,44% em 2023 para 91,95% até esta segunda-feira (26).

Outros aumentos significativos foram observados no imunizante contra a meningite C, que passou de 95,48% para 104,44%; e no seu reforço, que subiu de 85,95% para 97,97%; no reforço da Pneumo 10, que avançou de 82,76% para 84,32%; e na 2ª dose da Tríplice Viral, que cresceu de 71,89% para 75,62%.

Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, o aumento da adesão às vacinas possibilita um maior controle das doenças imunopreveníveis no Brasil. “Graças ao Movimento Nacional pela Vacinação, lançado no início de 2023, e da introdução de novas estratégias, como o microplanejamento, que consiste em diversas atividades com foco na realidade de cada local, estamos conseguindo recuperar a confiança nas vacinas e resgatar essa cultura no país”, observa.

Em abril, o Ministério da Saúde identificou um aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em comparação a 2022. O resultado, observado em todo o país, muda o cenário de queda dos índices vacinais enfrentado pelo Brasil desde 2016.

O atual balanço também corrobora com as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef, que tiraram o Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas.

Investimento

Em 2023, o investimento para apoiar estados e municípios na compra de imunizantes foi de mais de R$ 6,5 bilhões. Para este ano, a previsão é que esses recursos cheguem a R$ 10,9 bilhões. Além disso, R$ 150 milhões são destinados anualmente para apoiar ações de imunização com foco no microplanejamento e na comunicação regionalizada.

Atualmente, o DPNI do Ministério da Saúde oferece mais de 40 tipos de imunobiológicos no SUS. O Calendário Nacional de Vacinação contempla, na rotina dos serviços de vacinação, 20 vacinas que beneficiam não só crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas.

Calendário Nacional de Vacinação

Uma forma de saber quais vacinas são recomendadas para cada etapa da vida é por meio do Calendário Nacional de Vacinação. Vale ressaltar que os imunizantes disponíveis no SUS são seguros, eficazes e de vital importância para proteção contra doenças imunopreveníveis. Confira abaixo as doses recomendadas até os 10 anos de idade:

  • Recém-nascidos
  • BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) dose única: Contra a tuberculose;
  • Hepatite B (primeira dose): contra a hepatite B.
  • 2 meses
  • Penta (DTP+ Hib+ Hepatite B): contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B – (1ª dose);
  • VIP (Vacina Inativada Poliomielite 1, 2 e 3): contra poliomielite – (1ª dose);
  • Pneumocócica 10-valente: contra doenças causadas pelo pneumococo – (1ª dose);
  • Rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) – (VRH):  diarreia por rotavírus (gastroenterites) – (1ª dose).

3 meses

  • Meningocócica C (Conjugada): contra pneumonias, meningites, otites e sinusites pelos sorotipos que compõem a vacina – (1ª dose)
  • 4 meses
  • Penta – 2ª dose;
  • VIP – 2ª dose;
  • Pneumocócica 10-valente – 2ª dose;
  • Rotavírus – 2ª dose.
  • 5 meses
  • Meningocócica C (conjugada) – 2ª dose

6 meses

  • Penta – 3ª dose;
  • VIP – 3ª dose;
  • Vacina COVID-19 – 1ª dose.
  • Protege contra as graves e óbitos por covid-19, causada pelo SARS-CoV-2
  • Obs.: A vacina covid-19 está recomendada com esquema de duas doses (aos 6 e 7 meses de idade), respeitando os intervalos mínimos recomendados (4 semanas entre a 1ª e 2ª dose). Caso não tenha iniciado ou completado o esquema primário até os 7 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal. Para indivíduos imunocomprometidos, o esquema vacinal é de três doses (aos 6, 7 e 9 meses).

7 meses

  • Vacina COVID-19 – 2ª dose

9 meses

  • Vacina Febre Amarela (atenuada): contra a febre amarela – Uma dose

12 meses

  • Pneumocócica 10-valente (Conjugada) –  Reforço;
  • Meningocócica C (conjugada) –  Reforço;
  • SarampoCaxumbaRubéola (Tríplice viral): protegem contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – 1ª dose;

15 meses

  • Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP): primeira dose de reforço contra a difteria, o tétano e a coqueluche;
  • Poliomielite 1 e 3 (atenuada) – (VOPb) –  primeira dose de reforço contra a poliomielite;
  • Vacina adsorvida hepatite A (HA – inativada): protege contra a hepatite A – Uma dose;
  • Vacina Tetra viral (uma dose): protege contra o Sarampo, Caxumba, Rubéola e varicela.

4 anos

  • Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) – 2º reforço;
  • Vacina Febre Amarela (atenuada) – Reforço;
  • Vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) – (VOPb) – 2º reforço;
  • Vacina varicela (monovalente): protege contra a varicela – Uma dose;

5 anos

  • Vacina Febre Amarela (atenuada) – (FA) – Uma dose, caso a criança não tenha recebido as duas doses recomendadas antes de completar 5 anos;
  • Vacina pneumocócica 23-valente – (Pneumo 23): protege contra infecções invasivas pelo pneumococo – Uma dose para a população indígena.

9 e 10 anos

  • Vacina HPV Papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (HPV4 – recombinante) – Dose única
  • Doenças evitadas: Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18.

Informações detalhadas podem ser encontradas no Calendário Nacional de Vacinação; e também na Instrução Normativa do Calendário Nacional de Vacinação – 2024.

Para os indivíduos que apresentam condições clínicas especiais, as vacinas e as recomendações de uso preconizadas pelo PNI estão dispostas no Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE.

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