Morte de macacos podem indicar contaminação por febre amarela. Foto: Reprodução/Tv Gazeta
A 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa confirmou, nesta sexta-feira (12), a morte de um macaco com vírus da febre amarela em Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná.
Conforme a Secretaria de Saúde do Paraná outras três mortes de macacos com febre amarela já haviam sido confirmadas em Castro, na mesma região do estado.
Nos Campos Gerais, conforme a secretaria, foram identificados 18 casos suspeitos. Além das quatro confirmações, outros dois casos foram analisados e descartou-se a morte pela doença. Doze outros casos estão sob análise.
Os corpos dos macacos mortos sob suspeita de febre amarela são encaminhados pela Regional de Saúde quando encontrados em áreas em que há contato com humanos. Os casos passam por análise em laboratório.
O responsável pela 3ª Regional de Saúde ressalta a importância da vacina contra a febre amarela e dos cuidados de prevenção contra a doença.
“As pessoas, antes de ir para as áreas de mata, de rios, áreas fechadas, devem se vacinar, mas a vacina tem o prazo de 10 a 12 dias para ter efeito no organismo do ser humano”, disse.
TRANSMISSÃO
A contaminação pela febre amarela acontece apenas por meio de picada de mosquitos, que podem transmitir o vírus tanto para o homem como para os animais. A Secretaria da Saúde destaca que os macacos costumam ser os primeiros infectados com o início da circulação do vírus. A detecção de indivíduos doentes pode ser essencial para a elaboração de campanhas de vacinação.
VIOLÊNCIA
Com os surtos de febre amarela pelo Brasil, a Secretaria estadual da Saúde recebeu relatos de macacos saudáveis encontrados mortos em áreas rurais do Estado. Ao que tudo indica, os primatas podem ter sofrido violência da população que acredita serem esses animais os responsáveis pela transmissão da doença aos seres humanos.
Precisamos destacar que a febre amarela é transmitida apenas pela picada dos mosquitos – tanto nas pessoas, quanto nos macacos. Entretanto, por viverem em regiões de mata, os primatas costumam ser os primeiros infectados e, dessa maneira, assumem um papel importante de sentinelas, indicando a presença do vírus na região, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.
De acordo com a superintendente, a morte desses animais deve sempre ser relatada à Secretaria da Saúde do município ou serviço de saúde para ser investigada. Assim como o ser humano, eles também são vítimas. A identificação da doença nos macacos ajuda no desenvolvimento de estratégias para evitar a propagação da febre amarela no meio urbano. A população precisa saber disso, ficar atenta e sempre denunciar. A presença do animal morto deve sempre ser comunicada ao serviço de saúde mais próximo, diz.
Colaboração: Paraná Portal e RPC