Febre Amarela: Paraná confirma mais 30 mortes de macacos

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou 30 novas epizootias em macacos no Paraná, somando 83 mortes de animais contaminados pelo vírus da febre amarela. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (19).

Vale lembrar que o macaco não é o transmissor da doença, e que, acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, quando um animal morre por febre amarela, indica que o vírus está presente naquela região. “Portanto, é necessário uma atenção redobrada e a importância da vacinação deve ser reforçada para toda a população”, disse o secretário.

As novas epizootias foram registradas nos municípios de Araucária (+1), Balsa Nova (+2), Lapa (+2), Piên (+1), São João do Triunfo (+2), Mallet (+6), Rio Azul (2), Campina do Simão (1), Prudentópolis (+1), Turvo (1), Antônio Olinto (+6) e São Mateus do Sul (+5). Rio Azul, Campina do Simão e Turvo ainda não tinham casos confirmados de mortes de macacos por febre amarela.

Desde o início do monitoramento, em julho de 2019, ocorreram 485 epizootias em 77 municípios. Até o momento, 83 foram confirmadas em 24 cidades, 181 estão em investigação, 170 são indeterminadas, ou seja, sem coleta de amostra para exames e 51 foram descartadas.

Epizootias – A distribuição das 83 epizootias confirmadas no Estado é: Araucária (2), Balsa Nova (3), Lapa (7), Mandirituba (1), Piên (2), Quatro Barras (1), Rio Negro (1), Castro (12), Ipiranga (2), Palmeira (1), Piraí do Sul (2), Ponta Grossa (8), São João do Triunfo (7), Imbituva (1), Mallet (7), Rio Azul (2), Teixeira Soares (2), Campina do Simão (1), Prudentópolis (2), Turvo (1), Antônio Olinto (8), São Mateus do Sul (6), Sapopema (2) e Cândido de Abreu (2).

Capacitação – A secretaria estadual da Saúde promoveu nesta semana uma capacitação sobre febre amarela relacionada ao manejo clínico da doença, ocorrência de epizootias e vacinação na 7ª e 8ª Regionais de Saúde de Francisco Beltrão e Pato Branco, respectivamente. Participaram do treinamento 160 profissionais de saúde.

Vacinação – Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) mostram que em janeiro deste ano 14.759 pessoas se vacinaram contra a febre amarela no Paraná. A maioria das doses foi aplicada em pessoas de 15 a 59 anos.

Desde 2017, o Ministério da Saúde segue a orientação de ofertar apenas uma dose da vacina de febre amarela durante toda a vida, porém, no ano passado a pasta orientou os estados para que em 2020 seja dado um reforço da vacina para crianças com quatro anos de idade, devido à diminuição na resposta imunológica da criança que é vacinada muito cedo.

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Guarapuava implementa vacinação contra tuberculose em recém-nascidos nas maternidades

Aplicações tiveram início na última segunda-feira. A medida visa fortalecer a saúde pública do município

Desde segunda-feira (24), as crianças nascidas nas maternidades de Guarapuava recebem uma importante proteção logo após o nascimento: a vacina BCG. A medida, que visa fortalecer a saúde pública do município, foi oficialmente implementada para facilitar o acesso à imunização e garantir mais segurança para os recém-nascidos. A vacinação já pode ser realizada dentro das maternidades, sem a necessidade dos pais se deslocarem até os postos de saúde.

“Bem melhor que antes, a gente tinha que ir até o posto, às vezes nem tinha a vacina, e tinha que voltar outro dia. Agora, a criança já sai vacinada, já sai protegida. Ficou bem melhor”, afirmou Flávia Boaventura, mãe, satisfeita com a mudança.

A nova estratégia foi pensada com muito carinho pela Secretaria Municipal de Saúde, especialmente para as famílias que moram em áreas mais distantes do centro. “Pensamos principalmente nas famílias e nas crianças que precisavam se deslocar até o Centro de Guarapuava para vacinar o bebê, muitas vezes tendo que voltar em outro dia. Agora, as crianças sairão das maternidades já imunizadas”, explicou a diretora de vigilância em saúde, Marlene Terezinha Borecki.

Além disso, a ação está sendo realizada em conjunto com o programa “Mamãe Guará”, que já realiza visitas às mães e recém-nascidos. A logística da visitação será otimizada para incluir a administração da vacina BCG, garantindo que os bebês sejam vacinados sem que os pais precisem sair do hospital.

A enfermeira, Géssica Silva, reforçou o objetivo de tornar o processo mais simples e eficiente. “O objetivo é facilitar a vida das mães. Elas não precisarão mais se deslocar até a unidade básica de saúde para a vacinação, pois a criança já sairá do hospital com a imunização.”

A ação é uma estratégia importante no combate à mortalidade infantil e na proteção contra as formas graves da tuberculose, como a meníngea e a miliar. “ A vacina BCG será administrada em todas as crianças nascidas nos hospitais de Guarapuava, uma decisão tomada em conjunto com os municípios da 5ª Regional de Saúde”, explicou o secretário de Saúde, Márcio Brunsfeld.