Dia Mundial da Saúde traz alerta para perigos da obesidade e hipertensão
O Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta quinta-feira (07), tem como objetivo incentivar e conscientizar a população a respeito dos benefícios de manter o corpo e mente saudáveis, além de alertar sobre alguns dos problemas que afligem a população.
Um deles é a obesidade, fator que, de acordo com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), aponta números de preocupação no Estado. Segundo as estatísticas, 70,6% dos adultos que já tiveram peso e altura medidos nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) no Paraná apresentaram excesso de peso, com 37,2% dentro da condição de obesidade.
Em relação às crianças, 16,7% dos menores de 5 anos e 41,4% entre 5 e 9 anos apresentaram algum grau de excesso de peso, segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade. Entre os adolescentes, 40,9% estavam acima da média ideal e 19,4% eram obesos. Já na população idosa, o sobrepeso foi constatado em 56,5% dos avaliados.
A Secretaria faz um alerta sobre a necessidade e importância da adoção de bons hábitos e comportamentos para a promoção da saúde. Isso inclui manter uma alimentação adequada e ser fisicamente ativo, que são pilares essenciais para alcançar qualidade de vida. Evitar o consumo de cigarro, bebidas alcoólicas e outras drogas também é fundamental para manter o funcionamento do organismo e evitar doenças cardíacas, pulmonares, além do câncer e diabetes, que podem ser influenciadas severamente por fatores como alimentação inadequada e sedentarismo.
Ainda sobre hábitos alimentares, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (2019), a proporção de adultos que estão dentro do consumo recomendado de frutas e hortaliças no Paraná foi de apenas 11,6%. Em relação à atividade física, no mesmo ano, o percentual de adultos que praticaram exercícios no tempo livre (75 minutos de atividade de intensidade vigorosa e 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana) foi de 29,9%.
Hipertensão e Cigarro – O secretário de Estado da Saúde, César Neves, esclarece que a maior parte das doenças do coração poderiam ser prevenidas por meio da abordagem sobre fatores de risco comportamentais.
“A pressão alta é uma condição que afeta boa parte dos brasileiros, já que cerca de 50% dos adultos são hipertensos. Os principais fatores de risco são obesidade, consumo excessivo de bebida alcoólica, sedentarismo e consumo de sal. Esse é apenas um dos exemplos que temos de como os hábitos negativos podem influenciar na saúde. Outro caso evidente é o tabagismo, que agrava os riscos, além de ser o principal fator para o câncer de pulmão e contribuir significativamente para acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos mortais”, afirmou.
Segundo ele, caso alguém apresente pressão arterial acima de 140/90 mmHg, é indicado que se procure o serviço de saúde para diagnosticar a hipertensão e realizar o tratamento adequado. Todo adulto deve aferir a sua pressão ao menos uma vez a cada ano. Já para níveis de pressão entre 121-139/81-89 mmhg, também há necessidade de avaliação, considerando a existência de outros fatores de risco.
Dados do último estudo Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizado nas 26 capitais e no Distrito Federal, mostram que, em 2020, 9,5% da população entrevistada declarou que ainda é fumante. Na capital paranaense, 17,1% dos homens e 7,6% das mulheres declararam-se fumantes, sendo a quarta capital do País com a maior frequência.
A decisão de parar de fumar é importante em qualquer momento da vida. O SUS oferta o tratamento para cessação do tabagismo nas unidades básicas de saúde e ambulatórios.
Recomendações – Uma boa saúde passa pelo consumo de nutrientes. Alimentos in natura ou minimamente processados como cereais, feijões, raízes e tubérculos, frutas, hortaliças, peixes, ovos, leite, carnes, preferencialmente livre de agrotóxicos e consumidos respeitando os princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer são considerados a base para uma alimentação balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável.
Já atividade física é o comportamento que envolve os movimentos voluntários do corpo, com gasto de energia acima do nível de repouso, promovendo interações sociais e com o ambiente, podendo acontecer no tempo livre, no deslocamento, no trabalho ou estudo e nas tarefas domésticas.
Mover-se mais e permanecer menos em comportamento sedentário é importante para o pleno desenvolvimento e para uma boa saúde, independentemente da idade, sexo, raça, etnia ou nível de condicionamento físico atual. Quanto mais cedo a prática da atividade física é iniciada e se torna um hábito na vida, maiores são os benefícios.