Covid-19: Idosos com mais de 90 anos recebem a terceira dose

A Campanha de imunização contra a Covid-19 começou a vacinar pessoas imunossuprimidas e idosos com 90 anos ou mais com  a terceira dose.

Lúcido e muito ativo, o seu José Cardoso Teixeira, de 91 anos, chegou para se vacinar na Tenda de vacinação sozinho, dirigindo o seu automóvel e disse sobre o alívio em receber o reforço contra a doença.

“Isso aqui representa mais tempo de vida para mim. Todo mundo precisa se vacinar para que possamos nos reunir, encontrar toda a família e os amigos. Quando se está vacinado a gente se sente melhor”, afirmou.

Ana Maria da Silva, de 56 anos, também recebeu o reforço do Imunizante. Ela faz grupo de pessoas imunocomprometidas.

“É um momento de extrema importância. Estou recebendo hoje um reforço que vem para auxiliar na imunização e na esperança de que a pandemia está cada vez mais próxima de acabar”, finalizou.

GRUPOS IMUNOCOMPROMETIDAS

A imunização destinada para o grupo de pessoas imunocomprometidas, são para pacientes que possuem doenças e quadros clínicos que afetam os mecanismos de defesa do sistema imunológico (com imunodeficiência primária grave, quem está em quimioterapia para câncer, transplantados de órgão sólido ou células-tronco hematopoiéticas em uso de droga imunossupressoras, pessoas vivendo com HIV/Aids com CD4 maior que 200 céls/mm3, quem usa corticóides em dose maiores que 20mg por dia de prednisona, ou equivalente a mais ou igual a 14 dias; pacientes em hemodiálise e pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias).

Para receber a terceira dose, pessoas imunocomprometidas devem apresentar um documento comprovando o seu quadro e a carteirinha de vacina com a segunda dose ou dose única, tomada há, pelo menos, 28 dias.

Já para os idosos com 90 anos de idade ou mais, devem ter tomado a segunda dose, no mínimo, há 6 meses.

IMUNIZAÇÃO NESTA QUINTA-FEIRA (23)

Nesta quinta-feira (23), a imunização em frente a Prefeitura, continua para os novos grupos. Com a aplicação da 1ª dose da vacina para adolescentes de 12 a 17 anos, com COMORBIDADES.

Já nas UBS, São Cristóvão, Boqueirão, Morro Alto, Xarquinho I e Vila Carli, serão aplicadas a 2ª e 3ª dose da vacina contra a covid-19.

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Síndrome mão-pé-boca: Pequeno Príncipe informa tudo o que você precisa saber

Maior e mais completo hospital pediátrico do país esclarece as principais dúvidas sobre a doença, que é considerada comum durante a infância 

Diferentes cidades do país têm registrado aumento de casos da síndrome mão-pé-boca. Mesmo sendo considerada comum na infância, a doença – causada pelo vírus Coxsackie – é contagiosa e causa feridas na mucosa da boca e pequenas bolhas nas mãos e nos pés.

Por isso, o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil, responde às principais dúvidas sobre a síndrome e dá recomendações de prevenção.

Como acontece o contágio?

A transmissão da síndrome mão-pé-boca ocorre quando a criança entra em contato com pessoas contaminadas ou com as fezes delas, saliva e outras secreções. A contaminação também pode acontecer por alimentos e objetos que estejam com o vírus.

A doença é comum em bebês e crianças de até 5 anos de idade, mas se pode contrair o vírus com qualquer idade. Por isso, é fundamental manter cuidados básicos de higiene e ficar atento se alguém próximo estiver com o vírus.

Quais são os sintomas?

Entre os sintomas mais comuns da doença estão: manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe; bolhas doloridas na palma das mãos e na planta dos pés; febre alta; falta de apetite; dor de garganta e dificuldade para engolir; mal-estar, vômitos e diarreia; aumento da salivação; coriza e sensibilidade ou dor ao tocar mãos e pés.

Em alguns casos pode ocorrer desidratação e hipoglicemia, porque a criança tem dificuldade de ingerir líquidos e alimentos. Infecção secundária das pequenas bolhas também pode surgir, com o aparecimento de pus. Em casos raros, o vírus pode causar inflamação no coração (miocardite) e no cérebro (encefalite).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. O pediatra também pode pedir exames de fezes e de sorologia, que podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção.

Tratamento para a síndrome mão-pé-boca

Por ser viral, a síndrome mão-pé-boca regride depois de alguns dias – e o tratamento, na maior parte dos casos, tem a finalidade de amenizar os sintomas. É possível que o pediatra receite medicamentos, como antitérmicos e anti-inflamatórios, para diminuir as dores e o desconforto da criança.

“Também é importante que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem. Além disso, é necessário manter bons hábitos de higiene, pois essa é uma doença altamente contagiosa”, reforça o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe.

Prevenção

A prevenção da doença envolve medidas simples de higiene como:

  • lavar as mãos com frequência, especialmente após trocar fraldas, usar o banheiro ou antes das refeições;
  • evitar o compartilhamento de objetos pessoais como talheres, copos e brinquedos;
  • manter ambientes limpos e arejados;
  • não levar as crianças infectadas pelo vírus para creches ou escolas durante o período de contágio da doença.

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atender em 47 especialidades pediátricas com equipes multiprofissionais.

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, foram realizados cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria.