A expectativa de uma supersafra de grãos já teve reflexos positivos em setores da economia que dependem da agricultura.
A previsão da safra 2016/2017 de mais de 210 milhões de toneladas de grãos acendeu o sinal verde para outros setores da economia.
Os números da Associação dos Fabricantes, Anfavea, justificam o otimismo. Em outubro, as vendas de colheitadeiras no país saltaram 35% na comparação com setembro.
Marcelo vende máquinas agrícolas em Tangará da Serra, uma das regiões que mais produz grãos em Mato Grosso.
Nesses dois últimos meses a agricultura deu uma reagida. Estamos torcendo pra que o ano que vem seja um ano melhor do que esse que passou, que foi um ano difícil, comenta o representante comercial Marcelo Fortunato.
André Cunha já comprou uma máquina novinha.
Eu aumentei a área, me desfiz de uma máquina menor, peguei uma maior, menos gente na fazenda, trabalhamos com poucos funcionários e resolve o problema. O desempenho, a colheita vai ser mais rápido, pra evitar a perda de soja, diz o produtor rural.
Aguinaldo José da Silva também está otimista. Até resolveu ampliar o mercadinho. Quer dizer, dobrar.
No momento tem 80 metros quadrados. E lá é para 160 metros quadrados. Nós estamos ampliando, mudando de local, mas ampliando. O setor é o mesmo bairro. Pra satisfazer o nosso cliente melhor, afirma o comerciante.
Se a supersafra se confirmar, os benefícios também vão chegar nos supermercados.
Isso tem efeito imediato, ainda mais porque muitos produtos fazem parte da cesta básica. Com o aumento na produção, principalmente de arroz e feijão, a gente vê isso refletindo diretamente para o consumidor final, com a queda dos preços na prateleira, explica Alan Malinski, assessor técnico CNA.