Safra de café em 2016 deve ser a segunda maior da história, estima Conab

A produção brasileira de café da safra 2016 deverá ficar entre 49,13 e 51,94 milhões de sacas do produto beneficiado. Se considerada a média de produção (50,5 milhões), esta pode ser a segunda maior safra da história, ficando atrás apenas da safra de 2002 (50,8 milhões). A previsão indica acréscimo de 13,6% a 20,1% em relação à produção de 43,24 milhões de sacas obtidas em 2015. Cada saca tem 60 quilos. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo a Conab, este é um ano de alta bienalidade para o café. A característica dessa cultura faz com que a planta obtenha melhores rendimentos em anos alternados, especialmente o café arábica, independe de tratamento do solo ou de outras ações tecnológicas.

Assim, esta primeira estimativa mostra crescimento de 17,8% a 24,4% na produção de arábica, que abrange 76,5% do total de café produzido no país. A Conab estima que sejam colhidas entre 37,74 e 39,87 milhões de sacas. O resultado deve-se principalmente ao aumento de 67,6 mil hectares da área em produção, à incorporação de áreas que se encontravam em formação e renovação e às condições climáticas mais favoráveis.

A produção do café conilon, que representa 23,2% do total, é estimada entre 11,39 e 12,08 milhões de sacas, com crescimento entre 1,8 e 8% em relação à safra 2015. Esse resultado se deve, sobretudo, à recuperação da produtividade nos estados do Espírito Santo, Bahia e em Rondônia, bem como ao maior uso de tecnologias.

Área plantada

A Conab também informa que a área total plantada no país com café chegou a 2,25 milhões de hectares, praticamente a mesma cultivada em 2015. Desse total, 271 mil hectares (12,1%) estão em formação e 1,98 milhão de hectares (87,9%), em produção. A área plantada do café arábica soma 1,78 milhão de hectares, o que corresponde a 79,2% da área existente com lavouras de café. Para a nova safra, estima-se crescimento de 0,8% (13,4 mil hectares). Minas Gerais concentra a maior área com a espécie (1,2 milhão de hectares), correspondendo a 67,8% da área ocupada com café arábica, em nível nacional.

Para o café conilon o levantamento indica redução de 2,9% na área estimada em 468,2 mil hectares. Desse total, 430 mil hectares estão em produção e 38,1 mil hectares, em formação. No Espírito Santo, está a maior área (286,4 mil hectares), seguido de Rondônia, com 94,6 mil hectares, e da Bahia, com 48,6 mil hectares.

Produtividade

Quanto à produtividade total, a estimativa da Conab situa-se entre 24,84 e 26,27 sacas por hectare, equivalendo a um ganho de 10,4% a 16,8%, em relação à safra passada. Com exceção do Paraná, de Rondônia e da região da Zona da Mata mineira, os demais estados do país apresentam crescimento de produtividade. Segundo a Conab, os motivos são as condições climáticas mais favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica, aliadas ao ciclo de bienalidade positiva. Os maiores ganhos são observados na região do Triângulo Mineiro, em São Paulo e no sul/centro-oeste mineiro.

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Paraná lidera crescimento absoluto na produção de frangos e suínos no Brasil

O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, os maiores valores do País

O Paraná liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, divulgadas nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite.

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Em todo o País, o abate de frangos alcançou 6,46 bilhões de cabeças em 2024, um incremento de 2,7% em relação a 2023, representando um novo recorde na série histórica. Foram abatidas 172,73 milhões de cabeças de frangos a mais em 2024 em relação ao ano anterior, com aumentos em 19 das 25 unidades da federação que participam da pesquisa. A região Sul concentra a maior parte da produção avícola, com Santa Catarina respondendo por 13,8% e o Rio Grande do Sul por 11,4% no número de frangos abatidos no ano passado.

Depois do Paraná (+53,28 milhões de cabeças), os maiores crescimentos aconteceram em Santa Catarina (+51,92 milhões), São Paulo (+40,21 milhões), Mato Grosso (+20,13 milhões), Minas Gerais (+13,84 milhões) e Goiás (+12,60 milhões).

Já na suinocultura, o Paraná diminuiu a diferença com Santa Catarina e se manteve com a segunda maior produção. Enquanto o Paraná teve um aumento de 2,32% em relação ao ano anterior, totalizando 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024, o estado vizinho teve queda de 0,08% nos abates, com 16,6 milhões de cabeças de suínos abatidas.

O Brasil registrou novo recorde na série histórica no abate de suínos, com 57,86 milhões de cabeças abatidas no ano passado, 684,24 mil a mais em relação ao ano anterior. Houve aumentos no abate em 14 das 25 unidades da federação participantes da pesquisa. Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2024, com 29,1% do abate nacional, seguido por Paraná (21,5%) e Rio Grande do Sul (17,1%).

Depois do Paraná (+281,36 mil cabeças), os principais saltos na produção ocorreram no Rio Grande do Sul (+189,56 mil), Minas Gerais (+149,62 mil), Mato Grosso do Sul (+64,29 mil), São Paulo (+50,87 mil) e Goiás (+5,51 mil).

O Estado também bateu recorde na produção bovina, com o abate de 1,4 milhão de cabeças de gado no ano passado, 143,3 mil a mais que no ano anterior. No Brasil, o abate de bovinos registrou alta de 15,2% em 2024 e chegou a 39,27 milhões de cabeças abatidas, 5,17 milhões de cabeças a mais do que em 2023, maior resultado obtido na série histórica da pesquisa. O Paraná segue no top 10 entre os principais produtores.

Ovos e Leite – Além da carne, o Paraná está no pódio na produção de ovos e leite no Brasil, com recorde em ambos os seguimentos. Foram 459,1 milhões de dúzias de ovos produzidas em 2024 no Estado, que é o segundo maior produtor nacional (9,8% de participação), atrás apenas de São Paulo. Isso representa 24 milhões de dúzias a mais que no ano anterior. A produção nacional de ovos de galinha, em 2024, foi de 4,67 bilhões de dúzias, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. O total da produção anual é um recorde na série histórica da pesquisa.

O Paraná também se mantém na segunda posição na produção leiteira (15,4% de participação), atrás apenas de Minas Gerais, com 3,4 bilhões de litros produzidos para a indústria no ano passado, 257,6 milhões de litros a mais que em 2023. Foi a segunda maior variação do País, atrás de Minas Gerais (441,07 milhões de litros) e na frente de Santa Catarina (93,42 milhões de litros). Em 2024, os laticínios captaram 25,38 bilhões de litros em todo o País, um acréscimo de 3,1% sobre a quantidade registrada em 2023.

Os dados completos podem ser consultados no site do IBGE.