Presente em treze pontos da cidade, a Feira Solidária chegou à Vila Bela pela primeira vez na tarde desta sexta-feira (16). Uma das novidades foi a inclusão do queijo na lista de alimentos composta por mais de vinte itens, incluindo abóbora, alface, cebola, cenoura, couve-flor, feijão, mandioca, pão, proteína (frango e ovos) e repolho.
O projeto é promovido pela Prefeitura de Guarapuava, por meio das Secretarias de Agricultura, Assistência e Desenvolvimento Social (Semads) e Meio Ambiente (Semag), além da colaboração da Central de Associações Rurais de Guarapuava (Carmug).
A cada semana, cerca de quatro toneladas de material reciclável são coletadas, resultando na distribuição de aproximadamente três toneladas de alimentos para mais de 500 famílias.
Germano Toledo Alves, secretário municipal de Meio Ambiente, ressaltou a abrangência social do programa.
“A Feira Solidária oferece alimentos frescos e de qualidade, cultivados localmente, o que é uma opção mais saudável do que muitos produtos encontrados nos supermercados. Isso promove uma alimentação de mais qualidade para a população e valoriza a produção agrícola dos produtores familiares de Guarapuava.
Temos também a questão da sustentabilidade. Retiramos toneladas de materiais recicláveis do meio ambiente. Isso evita que esses materiais acabem nos rios ou causem obstruções em sarjetas, córregos e arroios, o que poderia causar alagamentos”, destacou.
Itacir Vezzaro, secretário municipal de Agricultura, reforçou o papel da Feira para os pequenos agricultores da região. “Nós fornecemos orientação técnica e logística por meio da Carmug, coletando e distribuindo os produtos diretamente das propriedades. O que estamos fazendo é valorizar a produção local.
Agora, estamos focando na produção de queijo, o que é crucial para aumentar a oferta de proteína na alimentação dos brasileiros. Isso também ajuda os agricultores que enfrentam dificuldades na venda de leite devido aos baixos preços, incentivando-os a produzir queijo, utilizado em várias iniciativas, como merendas escolares e feiras solidárias”, grifou Itacir.
Cerca de 300 produtores rurais associados à Carmug fazem parte da feira. Os alimentos são colhidos logo no início do dia, garantindo que estejam frescos quando chegam às mãos dos consumidores.
Uma das mais novas beneficiadas pela Feira Solidária é a moradora Fernanda Moreira, de 37 anos, que participou da iniciativa pela primeira vez.
“É algo bastante útil, você troca o que tem, e traz o que precisa. Em vez de jogar no lixo, você pode trocar por algo que vai usar. Esses alimentos certamente vão me ajudar e ajudar a muita gente. Vou participar sempre”, comentou.
Luana Pereira Sene, moradora do bairro Boqueirão, é outra pessoa que encontrou a Feira recentemente. Para ela, além de manter o local limpo, a iniciativa transforma em comida coisas que não teriam utilidade em outra ocasião. “É uma opção muito boa. Às vezes, a gente passa por algum lugar, tem um lixo, aí junta, guarda. Chega o dia, a gente vem aqui e troca por alimentos que nós mesmos vamos consumir”, contou.
Segundo Luciano Werner, coordenador da Feira Solidária, a inclusão do queijo entre os alimentos é mais um dos avanços da feira. O queijo é comprado diretamente com os produtores da Queijaria Bella Luz, inaugurada pelo prefeito Celso Góes em 2023.
“Estamos fazendo um rodízio de compras desses produtores para ajudá-los a comercializar seus produtos. Então, estamos comprando o queijo deles para incluir na feira solidária, que oferece, além do queijo, mais de 23 outros produtos. Esta foi a primeira feira em que trouxemos o queijo produzido localmente, da queijaria inaugurada no fim do ano passado”, ressaltou
“É importante destacar que este bairro precisava de uma feira. Estudamos a área para encontrar um local adequado, focando nas pessoas que mais precisam, para oferecer ajuda direta. Conseguimos um terreno ao lado do CAIC, que pertence à Prefeitura, e estamos realizando a Feira aqui. Essa é uma demanda antiga da comunidade local, e estamos felizes em atendê-la”, finalizou Luciano.