O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) identificou os 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio. Nele, Guarapuava aparece como a cidade mais rica do Paraná.
A análise foi feita a partir da pesquisa anual do IBGE da Produção Agrícola Municipal (PAM). A pesquisa englobou os dados da produção agrícola municipal, referentes a 2022, levando em conta variáveis como área colhida, produção, valor da produção das lavouras e rendimento.
No topo da lista dos 100 mais ricos, selecionados de uma relação de 5.563 municípios, encontram-se Sorriso (MT), Campo Novo do Parecis (MT), Sapezal (MT), Rio Verde (GO) e São Desidério (BA), com participação expressiva na produção brasileira de algodão, milho e soja.
Do Paraná, três municípios entraram na lista dos mais ricos no setor. Guarapuava se destaca, ocupando o primeiro lugar no Estado e a 62ª posição nacional. Em seguida, aparecem os municípios de Tibagi (67ª colocação) e Cascavel (93ª posição).
“Figurar em uma lista nacional entre os municípios mais ricos do Brasil no agronegócio e o primeiro do Paraná no setor, é sinônimo de que nossos produtores estão desempenhando um trabalho exemplar.
A força do cooperativismo e das empresas do setor retratam isso. Todos os anos, notamos um aumento em nossa produção. Isso demonstra nossa capacidade de desenvolvimento e reflete na modernização da cidade. Parabenizo nossos agricultores, pesquisadores e empresários do setor”, comemorou o prefeito Celso Góes.
O secretário de Agricultura de Guarapuava, Itacir Vezzaro, falou da importância deste título para o município.
“O destaque de Guarapuava no setor agropecuário é o resultado da boa administração dos agricultores. São pessoas que levam o agronegócio a sério e se preocupam com o crescimento da produtividade, sem perder o respeito pelo meio ambiente e as questões sociais.
O sucesso da produção faz parte de um processo muito bem-elaborado e pensado. Daí, os resultados de destaque no cenário nacional. A adesão às tecnologias, faz total diferença, pois isto gera inovação. Os produtores rurais se utilizam dos recursos disponíveis e são ousados nas pesquisas e aplicação de novas técnicas em suas propriedades.
Os resultados são fantásticos. Além das culturas divulgadas amplamente, como milho, cevada, trigo e soja, também somos grandes produtores de leite, de madeira, e recordistas na produção de batatas. Parabenizo nossos produtores rurais pela dedicação e dinâmica. É gratificante ver nosso município ocupando o pódio em se tratando de produção agrícola. Este título em nível nacional consolida o trabalho dos nossos produtores”, disse Itacir.
De acordo com a avaliação da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, os resultados do ano pesquisado mostraram recordes de produção e de valor dos produtos comercializados. A produção foi de 263,8 milhões de toneladas em uma área de 90,4 milhões de hectares. Já o valor da produção das lavouras permanentes e temporárias foi de R$ 830,09 bilhões.
A área total dos municípios mais ricos é de 30,156 milhões de hectares, e representa 34,2% da área total de 90,4 milhões de hectares. Os mais ricos representam 34,71% do valor da produção e geram R$ 288,13 bilhões. Também os índices de produtividade nas lavouras dessas localidades são relevantes e altos, segundo a análise da pesquisa realizada.
Entre os 100 municípios mais ricos, 67 situam-se no Centro-Oeste, assim distribuídos na região: 41 municípios em Mato Grosso, 14 em Goiás, 11 no Mato Grosso do Sul e um no Distrito Federal (Brasília)..
Confira a pesquisa completa: