Solenidade celebra o Dia Internacional da Mulher na Assembleia Legislativa

A deputada Flávia Francischini (União Brasil) realizou, nesta quinta-feira (07), no Plenarinho da Assembleia Legislativa uma solenidade em homenagem ao Dia Internacional da Mulher em reconhecimento a data oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde a década de 1970.

Para a ONU Mulheres que atua como secretariado da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW), “o Dia Internacional da Mulher não é um mero dia voltado simplesmente a homenagens triviais às mulheres, mas diz respeito a um convite à reflexão referente à como a nossa sociedade as trata. Essa reflexão vale tanto para o campo do convívio afetivo, familiar e social quanto para as questões relacionadas ao mercado de trabalho”.

A presidente da solenidade e proponente do evento, deputada Flávia Francischini (União Brasil), comentou sobre a importância de realizar esta solenidade. “Hoje é dia de comemorar, porque amanhã é o Dia da Mulher. Conseguimos reunir um grande número de mulheres aqui, para dar esse incentivo, esse estímulo, e mostrar o quão importante elas são para todos nós. Eu digo que a mulher é multitarefa, a mulher consegue ser esposa, consegue ser mãe, consegue ser dona de casa, mas também consegue ser uma superprofissional em todos os trabalhos que ela desempenha, com excelência”.

“Aqui na Assembleia temos buscado, numa bancada forte de dez mulheres, fazer um trabalho em proteção dos direitos da mulher, e eu fico muito feliz porque temos a ajuda e apoio de todos os parlamentares. Isso mostra que todos nós hoje temos essa consciência. Nós não procuramos ser melhores que os homens, o que desejamos é trabalhar e somar junto com eles em todos os postos, em todos os lugares que eles estiverem. Nós mulheres realmente conseguimos fazer tudo com excelência em tudo que a gente pega para fazer de verdade. Então, feliz Dia da Mulher! ”, completou a deputada Flávia Francischini.

Violência contra a Mulher

A cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência no Paraná. Assim foi em 2023, ano em que 231.864 ocorrências desse tipo foram registradas em todo o estado. Conforme dados do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP-PR) houve aumento também nos casos de violência doméstica contra a mulher, no número de feminicídios registrados e nos casos de violência sexual, em todos os casos alcançando-se o maior número de registros para um ano desde 2020.

A desembargadora Luciane Bortoleto, que integra a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar,disse que “infelizmente os números que temos hoje não são bons, nós não chegamos ainda ao ponto de registrar uma diminuição dos indicadores, pelo contrário os números continuam crescendo.

O Tribunal de Justiça tem ciência disso, tem buscado envidar esforços colocando mais magistrados tanto em primeiro como em segundo grau para poder fazer frente a isso, tem aumentado o número de juizados tanto na capital como no interior, mas sabemos que todos estes esforços ainda não são suficientes para diminuir os números que temos. Essa é uma questão de longo prazo, a lei Maria da Penha está fazendo 18 anos e muitos avanços já foram conseguidos, mas essa é uma questão cultural e o trabalho é contínuo de conscientização de homens e também de mulheres”.

A delegada-chefe da Divisão de Polícia Civil Especializada do estado do Paraná, Luciana Novaes,relatou sobre os crimes mais comuns sofridos pelas mulheres.

“A gama de delitos que atingem as mulheres é bastante grande. Temos os crimes de ameaça, os crimes de violência psicológica, as violências corporais, o feminicídio, que é mais grave que ainda. Às vezes é muito sutil no começo, muitas vezes a mulher não percebe que ela já está sendo vítima de uma violência. E muitas vezes começa por alguma violência psicológica, palavras que se repetem, pressões no sentido de não permitir que a mulher faça determinadas coisas, como, por exemplo, sair sozinha, ou trabalhar fora.

Aquele ciúme excessivo que muitas vezes nós interpretamos como um sentimento positivo, mas que na maioria das vezes o que está escondido ali um sentimento de posse. O principal conceito e muito importante é que sempre que, por qualquer motivo, a mulher se sentir ameaçada ou em risco, deve procurar uma delegacia da mulher ou outro órgão de apoio e proteção da mulher para ter ali as medidas protetivas e orientações”.

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