Situação do Hospital Regional é discutida em Audiência Pública
Contando com a presença de vereadores, deputados estaduais, conselheiros de saúde e representantes da sociedade civil organizada, o evento foi marcado por cobranças para o pleno funcionamento da instituição.
Durante a audiência a situação da saúde em Guarapuava foi apresentada. Um fato bastante destacado foi o Hospital Regional, que já passa a ser chamado de elefante branco, por não estar aberto à população. Isso seria o motivo para sobrecarregar as demais unidades de saúde da cidade.
Atendendo, atualmente somente pela Central de Leitos, a estrutura básica da instituição, segundo a Profa. Bia (MDB), vem deixando a desejar. A vereadora expôs alguns relatos que recebeu. “Para se ter ideia, eles não possuem telefone fixo. Os funcionários têm que usar a linha particular para resolver assuntos do hospital”, revelou.
Para a vereadora, o Governo do Estado está mais preocupado em fazer propaganda nas redes sociais do que responder às demandas da saúde da 5a regional.
O presidente da Câmara Municipal, Pedro Moraes (Republicanos), cobrou uma posição da Secretaria de Saúde. Ele destacou a ausência de um representante do Executivo Estadual. “Isso passa um recado de que esse não é um tema caro para eles, que não é importante”.
Sua colega, Professora Terezinha (PT), lembrou que dos 150 leitos prometidos, apenas oito estão funcionando. Além disso, ela também ressaltou que o dinheiro tem sido mal investido até o momento.
“Queria lembrar ao Governador Ratinho Júnior e ao secretário Cesar Neves que esse dinheiro não pertence a eles, pertence ao povo”, completou a vereadora.
Cris Wainer (PT) recordou que são em momentos como esse que a população tem direito de cobrar aos seus representantes, sejam eles deputados ou vereadores uma resposta.
“Como você explica para uma mãe, que está com um filho aguardando uma UTI pediátrica, que vai ter que se locomover com toda a família para a capital do estado porque a Central de Leitos não aprovou a entrada do filho no Hospital Regional?”, indagou.
A deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB) apresentou números da defasagem de leitos no município. Além disso, ela destacou a importância que o pleno funcionamento da Instituição apresenta também para a formação de profissionais da saúde para o estado do Paraná.
“O funcionamento do Hospital Regional vai impactar enormemente o curso de medicina de Guarapuava, um sonho de toda a nossa população”, apontou.
Outro representante guarapuavano na Alep, Dr. Atenor (PT) diz que a origem desses problemas estão nas políticas de austeridades implementadas nos últimos anos.
“Não se faz saúde sem recursos públicos. O maior tesouro de um ser humano não seu carro, sua casa, seu dinheiro. É sua vida”, protestou.
Presidindo a audiência, o deputado estadual Requião Filho (PT) elogiou a iniciativa do Poder Legislativo de Guarapuava de articular o evento junto a seu mandato. Além disso, também buscou se dirigir ao Governo do Estado.
“Não é ameaça a políticos, a gestores de hospitais, que vão resolver a situação. Não dá para tapar o sol com a peneira”, completou.
Ao final da audiência pública foram revelados os encaminhamentos fruto das discussões:
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Pedido para a presidente da Comissão de Saúde da Alep, Márcia Huçulak (PSD), para uma visita aos hospitais de Guarapuava, como forma de aprofundar a situação.
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Reunião com vereadores e representantes dos conselhos de saúde da região para aprofundamento no assunto
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Também deverá ser realizada uma reunião na região com a convocação dos Conselhos
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Envio de ofícios ao Ministério Público e à Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (FUNEAS).
Hospital Regional Já – A Câmara de Vereadores de Guarapuava iniciou, na última segunda-feira (17), uma campanha pelo pleno funcionamento do Hospital Regional. Toda a população está convidada a participar.