Sergio Moro propõe novo embate com pré-candidato petista

A tão esperada pré-candidatura do ex-juiz federal e ex-ministro Sergio Moro, enfim, saiu. Moro anunciou, na última terça-feira (12), que é pré-candidato ao Senado, pelo Paraná, pelo União Brasil. Em passagem por Guarapuava, o ex-homem forte da Lava-Jato esteve na redação do jornal Extra, onde falou da sua pré-candidatura, Bolsonaro e Lula, Lava Jato e outras coisas mais.

“Sou pré-candidato ao Senado pelo Paraná. Precisamos de renovação e mudança. Eu acredito que, a partir do Paraná, podemos criar novas leis, fazer cumprir aquilo que é justo na legislação atual e fiscalizar o executivo com rigor”, declarou Moro.

O ex-aliado de Jair Bolsonaro, inicialmente, havia falado que poderia concorrer à Presidência do Brasil. Depois, tentou transferência de domicílio eleitoral para São Paulo. Entretanto, o pedido foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que entendeu que o paranaense Sergio Moro não tem vínculo com o estado.

Sem poder concorrer a senador, a deputado federal ou qualquer outro cargo por São Paulo, como pretendia inicialmente, o ex-ministro da Justiça passou a almejar uma vaga para o Senado.

Alvaro Dias – Com a definição de sua pré-candidatura ao Senado, Moro pode ter que disputar a vaga com o atual senador Álvaro Dias, um dos “padrinhos” do ex-juiz na ideia de lançá-lo à presidência pelo Podemos. ‘Corremos em raias separadas’, disse sobre Alvaro Dias

Isso porque, depois da filiação ao Podemos, em novembro, o ex-juiz trocou a sigla pelo União Brasil, partido que escolheu Luciano Bívar como pré-candidato à presidência. Caso isso ocorra, Moro disse que pretende uma disputa de “alto nível”, caso Dias confirme também a candidatura ao mesmo cargo.

“Ele é um político que eu respeito. Vamos ver se, ao final das convenções, ele vai ser candidato ao Senado. Ainda que isso se confirme, meu intuito é conduzir essa campanha no alto nível, jamais com ataques. Precisamos trabalhar juntos nos anos que virão”, disse”, completou Moro.

Embate com Lula – Sergio Moro afirmou que, caso Lula (PT), pré-candidato à Presidência, seja eleito e ele também, pretende se colocar na oposição contra o governo Lulista. “Infelizmente, se houver uma vitória do ex-presidente Lula, eu quero me colocar na oposição. Precisamos ter gente forte que não se venda por emenda ou por cargo”, destacou.

O ex-juiz disse que quer fazer uso da função dos senadores de avaliar indicações de nomes, feitas pelo presidente, a cargos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF). “Vamos ter duas vagas ano que vem surgindo e, se isso acontecer, eu gostaria de estar no Senado para exercer com critério essa avaliação. Por isso é importante que tenhamos vozes que não tenham receio de atuar com a independência necessária. Isso eu posso fazer como senador mas não posso fazer na Câmara”, completou. Será que teremos mais embates entre Moro x Lula no Senado Federal? A conferir.

Cesar Silvestri – O ex-juiz disse ver com bons olhos uma parceria com o ex-prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri, que corresponde. “Vamos aprofundar com os partidos”, afirmou Cesar Filho sobre reunião com Sergio Moro. O pré-candidato a governador do Paraná, Cesar Silvestri Filho (PSDB), e o ex-juiz federal Sergio moro (União Brasil), se reuniram na última segunda feira (11) em Curitiba.

De acordo com Cesar, a reunião foi muito produtiva, com a pauta principal em projetos de desenvolvimento para o Paraná. “Tivemos um ótimo alinhamento. Agora, nós vamos aprofundar essas questões com os partidos (PSDB e União Brasil) para buscar a viabilização de uma parceria para as eleições de outubro”, afirmou o ex-prefeito.

Jair Bolsonaro – De parceiros a rivais. Jair Bolsonaro e Sergio Moro romperam após uma série de ‘divergências’ entre seus projetos políticos. Lembrando que a união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Lava-Jato – Em uma entrevista à Folha de São Paulo, Sergio Moro afirmou que não houve erros nem excessos na condução da chamada Operação Lava Jato. Segundo ele, “foi punido somente quem pagou suborno ou recebeu suborno” durante as investigações e julgamentos.

Na avaliação de Moro, os responsáveis pelos revezes que a operação sofreu foram “aqueles que resistiram ao enfrentamento da corrupção”. “Não é derrota da Lava Jato'”, afirmou. “Quem é culpado por ter colocado em liberdade gente condenada?”, questionou. “São as pessoas que colocaram elas em liberdade, e não quem proferiu a condenação. Os reveses devem estar atribuídos àqueles que impuseram esses reveses, e não a quem fez o trabalho”.

Combate à Corrupção – “A grande questão é que a gente precisa retomar o combate à corrupção, com força, como foi durante a época da Lava Lato. Hoje, a gente vê poucas pessoas sendo investigadas, principalmente punidas, por prática de crime de corrupção.”

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