Requião Filho: “Ratinho Junior governa para o mercado e não para o povo”

Em entrevista ao jornal Extra Guarapuava, realizada nessa sexta-feira (22), Requião Filho falou, um pouco, sobre a atual situação do Paraná e criticou o atual governo estadual, a quem disse que governa para o mercado e não para o povo. “A política econômica desastrosa de Ratinho Junior e Bolsonaro privilegia os mais ricos, e os mais pobres mal conseguem sobreviver”, disse Requião.

Para o filho de Roberto Requião, o Paraná precisa ser passado a limpo e voltar a crescer, com menos impostos e mais empregos. “Queremos um Paraná mais justo, que cuide do grande ao pequeno agricultor, que cuide de todo estado igualmente. Não pode ser o Paraná de poucos, mas sim o Paraná de todos. Nós temos lado, e é o lado do povo paranaense”, declarou.

Requião criticou a falta de transparência na propaganda institucional do governo estadual. “O Governo do Estado mente, mais uma vez, quando divulga recorde de geração de empregos. É uma notícia falsa, maquiada, porque utiliza dados do CAGED [Cadastro Geral de Empregados e desempregados], mas com os métodos atuais de medição, que incluem empregos temporários e informais.

Antes, os dados eram só de empregos com registro em carteira. Eles agora somam todos os empregos e atividades num número só e querem comparar com os dados antigos, escondendo os reais dados da população. Isso é falta de transparência, é oportunismo barato, é usar um órgão oficial de maneira desonesta, somente para ganho próprio”, acrescentou.

Requião Filho relembrou os investimentos feitos no Governo de seu pai, Roberto Requião, da agricultura à educação, mas que muitos projetos e programas foram abandonados pelos sucessores, e que o Paraná perdeu muito com isso. “Nós podemos criticar o atual governo porque já fizemos mais e melhor. Nós não prometemos e colocamos na televisão uma manchete fantasia. Nós prometemos e fizemos acontecer. Mas isso não basta.

Nós queremos saber é de amanhã, do futuro. Nada incomoda mais o atual governo do que a realidade. A realidade de um governo que não fez nada nos últimos três anos e meio, que não tem uma obra para chamar de sua. Inaugurou obras do pedágio, obras federais, mas nenhuma que tenha começado e terminado nesse período”, destacou.

Requião Filho comentou sobre a situação da Copel e da Sanepar, e disse quere ver, novamente, as Companhias nas mãos dos paranaenses, com tarifas justas e mais baixas. “Consideram investimento de risco o que deveria ser a base dos trabalhos da nossa companhia de energia elétrica. O retorno esperado pelos acionistas não é promover a dignidade da nossa população, mas acumular lucros que não são reinvestidos no nosso Estado. A Copel é dos paranaenses, não dos acionistas”, elencou.

Requião Filho lembrou, também, os anos do Governo Requião, onde as tarifas de água e luz ficaram congeladas, ao mesmo tempo em que deram lucro e promoveram o maior investimento da história em redes de distribuição e saneamento básico do Estado.

“Agora, mesmo subindo as tarifas acima da inflação, a Copel não conseguiu sequer terminar o Paraná Trifásico. Isso prejudica as donas de casa, os pais de família, mas também as empresas, o agro, as indústrias. Não há condições de um governador deixar que alguém comemore um roubo desses de maneira tão escandalosa como se fosse um legado”, finalizou.