Requião Filho questiona Governo sobre fim de Software Livre

Revogada em 2020, a Lei paranaense que garantia, desde 2003, a utilização de Software Livre, seguro e gratuito no sistema de computadores do Governo do Paraná, foi substituída. Desde que foi sancionada, a nova Lei (20210/2020) passou a dar autonomia ao Estado para contratar sistemas de terceiros para o mesmo serviço. Na análise do deputado estadual Requião Filho (PT), isso representa um gasto desnecessário e um risco a preservação de dados individuais dos cidadãos paranaenses, conforme prevê a Lei Geral de Proteção de Dados LGPD.

Na época da aprovação da nova Lei, Requião Filho denunciou a iniciativa do Governo Ratinho Jr e avaliou o projeto como um grande retrocesso. Agora, passados dois anos de sua sanção, o parlamentar protocolou um pedido de informações cobrando dados detalhados a respeito do impacto financeiro que a medida gerou ao Paraná.

“Estamos pagando por algo que antes era gratuito. Isso não tem lógica! Quis o governo agradar o mercado e quem está pagando essa conta é o dinheiro do contribuinte, que está deixando de ser investido em outras necessidades mais urgentes dos paranaenses”, explicou.

O parlamentar também teme pela segurança de dados que podem ter sido abertos com a revogação da Lei de 2003, desde informações sobre emplacamento de veículos até o controle do ICMS.

“A Lei 14.195/2003 sancionada pelo Governo Requião, revogada pelo Ratinho Jr, sempre foi motivo de orgulho e de destaque entre os Estados da Federação. Serviu de modelo para a criação e o desenvolvimento de sistemas nacionais de controle de dados, como os da Receita Federal e até da Presidência da República. Garantia não só a gratuidade, mas a independência e a segurança no sistema tecnológico, sob o gerenciamento do nosso Celepar. Agora queremos saber como está isso tudo e o que aconteceu com mais essa antiga conquista enterrada pelo atual governo”.

Requião Filho também critica o fato do Projeto de Lei 496/2019, aprovado há dois anos pela Assembleia Legislativa do Paraná, sequer ter apresentado um estudo de impacto financeiro ou de segurança.

“Foi uma grande irresponsabilidade desta Casa deixar passar um projeto como este, que onera os cofres públicos. Antes as licenças dos computadores do Governo que eram gratuitas e passaram a ter um custo alto, deixando-nos reféns de um sistema operacional gringo, abrindo nossos dados para o mundo, e certamente causando um prejuízo milionário”, alertou.

Deixe um comentário

Paraná gerou 39.176 vagas de emprego em fevereiro, melhor resultado em quatro anos

O Estado foi também o 3º do País que mais gerou oportunidades no período, atrás apenas de São Paulo (137.581) e Minas Gerais (52.603), estados bem mais populosos

O Paraná abriu 39.176 postos de trabalho em fevereiro deste ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado nesta sexta-feira (28). É o melhor resultado para um mês desde fevereiro de 2021, quando foram criadas 41.452 vagas. O Estado foi também o 3º do País que mais gerou oportunidades no período, atrás apenas de São Paulo (137.581) e Minas Gerais (52.603), estados bem mais populosos.

O saldo paranaense de 39.176 vagas é resultado da diferença entre as 211.674 admissões e os 172.498 desligamentos no período. Na comparação com fevereiro de 2024, quando 33.179 empregos foram abertos (na série com ajuste), a geração de empregos formais foi 18% maior em 2025, com acréscimo de 5.997 vagas.

No acumulado de 2025 foram geradas no Paraná 55.057 empregos formais com carteira assinada, o 4º melhor resultado entre os estados, atrás apenas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Nos últimos 12 meses, entre março de 2024 e fevereiro deste ano, o saldo de empregos foi de 130.426 novas vagas, também na série com ajustes.

Todos os setores registraram índices positivos de contratações no Paraná em fevereiro. Os que mais contrataram foram Serviços, com 22.665 vagas criadas, seguida pela Indústria, com 7.193, e Comércio, com 5.428. A Construção registrou a abertura de 3.333 novos empregos, enquanto que a Agropecuária criou 557 postos de trabalho.

“Mais uma vez o Paraná é destaque na geração de empregos, o melhor programa social que existe. Fechamos o ano de 2024 com 3,3% da população desocupada, a menor taxa de desemprego da história, iniciamos 2025 com quase 16 mil vagas criadas em janeiro e agora mais 39 mil postos de trabalho, além da confirmação de um PIB de R$ 718 bilhões, mostrando que a economia do Estado segue aquecida e com bons resultados”, celebrou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Municípios – O Caged também traz dados sobre a geração de empregos nos municípios. Os que mais se destacaram em fevereiro, em volume de contratações, foram Curitiba (10.046), Toledo (2.311), Londrina (1.963), Maringá (1.739), Cascavel (1.468), São José dos Pinhais (1.369), Ponta Grossa (929), Foz do Iguaçu (910), Araucária (820) e Ibiporã (608).

Brasil – No País, foram abertas 431.995 postos de trabalho formais em fevereiro. O setor que mais contratou no Brasil foi o de Serviços, com a criação de 254.812 postos, seguido da Indústria (69.884), Comércio (46.587), Construção (40.871) e Agropecuária (19.842).